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Homem mata colega de trabalho a tiros por conta de esbarrão

Vítima morreu na frente do pai no DF


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Pragmatismo Político - Em mais um episódio da banalização das armas de fogo no Brasil, um homem matou um colega de trabalho em Taguatinga (DF) nesta quarta (3) por conta de uma discussão provocada por um esbarrão.


As câmeras de segurança do depósito de uma loja de materiais de construção registraram o crime. Nas imagens, a vítima Diogo Reis Ferreira, de 35 anos, está parado no local e em seguida aparece o agressor, Thales Costa do Amaral.


Thales se aproxima com uma arma de fogo e Diogo corre, mas é atingido por diversos disparos. Cambaleando, ele caminha até uma pilha de caixas e tenta se apoiar, mas cai no chão. O criminoso aparece, então, fugindo correndo.


A vítima foi atingida nas costas e na perna. Diogo chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O pai dele, que também trabalha no depósito, viu toda a ação.


“Eu pedi para ele. Ele passou perto de mim com a arma, e eu falei: ‘Cara, não faz isso, não. Não mata o meu filho. Pelo amor de deus’. E ele simplesmente não deu ouvidos. Alvejou meu filho, meu filho correu e ele atirando pelas costas. Aquilo ali não vai sair da minha mente nunca mais”, desabafou.


Diogo e Thales trabalhavam descarregando caminhões que chegavam ao depósito. Segundo testemunhas, a discussão entre eles começou porque a vítima teria esbarrado acidentalmente no agressor com uma barra de ferro. Mesmo depois de encerrada a discussão, Thales voltou com a arma e matou o colega.


Thales Costa do Amaral está foragido e a família de Diogo pede Justiça. “Ele não acabou só com a vida do meu filho, ele acabou com minha vida. Ele estragou uma família. Eu acho que não é justo acontecer um negócio desses. Eu quero uma resposta da polícia. Não pode ficar assim”, diz o pai.




Armas de fogo no Brasil - Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de pessoas com licenças para armas de fogo disparou no governo Jair Bolsonaro (PL) e registrou aumento de 473% em quatro anos.


Em 2018, antes do presidente assumir, havia 117,4 mil registros ativos para caçadores, atiradores e colecionadores, os chamados CACs. Agora o número já chega a 673,8 mil — maior valor da série histórica. Além disso, o anuário mostra que o Brasil tem 2,8 milhões de armas de fogo particulares, um aumento de 39% em relação a 2020.


O governo Bolsonaro editou até o momento 19 decretos, 17 portarias, duas resoluções, três instruções normativas e dois projetos de lei que facilitam as regras para ter acesso a armas e munições no Brasil.

 

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