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Niterói: apenas 36,8% dos responsáveis querem retorno de aulas presenciais

Pesquisa foi realizada com responsáveis de 6.100 alunos e incluiu perguntas sobre comportamento emocional dos estudantes e acesso à internet


Por Cláudio Figueiras

Retorno incerto/Foto: Agência O Dia/Reginaldo Pimenta
Retorno incerto/Foto: Agência O Dia/Reginaldo Pimenta

A Secretaria de Educação de Niterói divulgou no final desta quarta (10) resultado de consulta pública que envolveu 4.377 pessoas, entre pais, mães e responsáveis pelos alunos, sobre o retorno das atividades escolares no município.


Na pesquisa, 82,55% disseram ser favoráveis ao retorno das atividades escolares, porém, apenas 36,8% deste universo pesquisado se colocaram a favor do reinício das aulas presenciais, mesmo sob medidas sanitárias rígidas e monitoramento constante sobre os casos de Covid-19.


Já 20,2% preferem manter a aula on-line, 18,6% optaram pelo sistema híbrido e 6,95% não concordam e nem discordam com a retomada das atividades. 17,4% das pessoas consultadas discordam totalmente com a volta às aulas. O início do calendário escolar está previsto para o dia 25 de março e o formato de ensino ainda será decidido pela Prefeitura de Niterói, após análise da pandemia.


O levantamento, segundo a SME, teve como objetivo entender o impacto da pandemia sobre as famílias de crianças e adolescentes matriculados e servirá para o aperfeiçoamento do Plano de Retomada das Aulas, desenvolvido pela Prefeitura. A consulta englobou responsáveis de 6.100 alunos (25% do total de alunos da rede municipal).

Um dado curioso é que 91,5% dos respondentes são mulheres. A maioria dos participantes (67,7%) é responsável por uma criança da rede municipal, seguido de dois (26,1%), três (4,98%) ou mais de três alunos (1,19%). Além disso, 56,7% respondem por, pelo menos, um estudante da Educação Infantil, enquanto 63,3% são responsáveis por, pelo menos, um estudante do Ensino Fundamental.


Outra pergunta presente na consulta foi sobre a mudança no comportamento dos alunos com a suspensão das aulas. Eles ficaram mais tímidos ou irritados (24,5%), tiveram dificuldade em ler textos, quando alfabetizado (16%), ficaram desmotivados e tiveram problemas de socialização (14,2%), dificuldade em escrever, quando alfabetizado (13,4%), dificuldade em fazer contas de matemática, quando alfabetizado (11,1%) e dificuldades para falar e se expressar (9,01%). Cerca de 11,8% não quiseram responder.

Ainda sobre a pandemia, a consulta questionou sobre as atividades escolares desenvolvidas em casa. Mais da metade (60,4%) respondeu que ajudou nas atividades ao longo de todo o ano letivo, outros 23,5% ajudaram no começo da pandemia e depois pararam, 9,15% não puderam auxiliar em nenhuma das atividades, 6,96% disseram que não puderam ajudar, mas que outra pessoa acompanhou as tarefas, enquanto 0,022% disse não ter recursos, como internet e livros, para ajudar nas atividades.

Dos responsáveis que não puderam acompanhar os exercícios, 51,03% afirmaram que precisaram voltar a trabalhar ou não interromperam o serviço, não possuíam recursos, como Internet e livros (13,7%) ou não entendiam os conteúdos que eles estavam estudando (9,99%). Um quarto dos responsáveis (25%) afirmou não acompanhar por outro motivo.

Durante o aprendizado em casa, os estudantes tiraram dúvidas com seus responsáveis (44,1%), em livros ou materiais da escola (11,6%), com amigos, irmãos ou primos (11,5%), com professores (10,6%), em sites de busca (9,62%), em vídeos ou tutoriais disponíveis na Internet (9,47%), além de outras formas (3,17%). No que se refere às atividades que os responsáveis realizaram juntos com os alunos, 27% realizaram tarefas escolares, 18,9% assistiram a vídeos, 16,6% ouviram música, 16,2% leram histórias, 9,56% praticaram esportes, 6,92% jogaram jogos de tabuleiro e 4,90% videogame. Conectividade

Em relação ao acesso à internet, 58% disseram que têm conexão por cabo para a casa toda e 27,2% utilizam apenas a rede 3G ou 4G do celular. Já 11,6% usam o Wi-Fi do vizinho/comunidade, enquanto 3,09% não usam a internet. Neste último caso, 58% afirmam que não usam internet porque é muito caro, a conexão não chega até a casa (10,4%), não tem nenhum meio de acessar a internet (10,4%) ou não se sentem seguros com os filhos usando a internet (2,96%). Outros 18,55% não especificaram o motivo. Já sobre os aparelhos com conectividade, 65,4% informaram o uso do celular, seguido de notebook (11,2%), televisão (9,30%), computador de mesa ou fixo (8,10%), tablet (4,08%) e videogame (1,99%).


Sobre a velocidade da internet, 23,6% disseram conseguir acessar páginas da web, enquanto 23,2% acessam redes sociais, como o Facebook e o WhatsApp. Nas outras opções, 16,2% conseguem pesquisar na internet, 14,6% baixam aplicativos, 12,7% assistem vídeos no YouTube sem travar e 9,63% ligam para outras pessoas em chamada de vídeo sem travar.


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