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O amor... é cego, surdo e mudo?! - por Rofa Araújo


Imagem: Reprodução
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Um famoso adágio popular diz que “O amor é cego”. Este deve se referir à condição em que a pessoa age emocionalmente pelo coração e parece deixar a razão de lado. Por isso refere-se ao “amor cego”.

O amor verdadeiro é capaz de deixar qualquer um de cabeça para baixo, agindo como nunca agiu e desconhecendo a si mesmo. Mas, nem por isso, passa a ser cego como se nada enxergasse e vivesse no escuro da ignorância, não pensando.

O ditado pode ser, ainda, ampliado: “O amor é cego, surdo e mudo”. Agora complicou tudo! Onde estão os sentidos mais elementares da pessoa no que se refere ao amor? Será que a mudança é tão profunda assim?

O amor é cego de modo obscuro quando deixa de ver tudo que o outro faz de errado, por exemplo. Ou, como dizem, também quando um está com o outro ignorando sua aparência. Quantas vezes olhamos para um casal e falamos: “Não sei o que ele/ela viu nele/nela!” Mas, existem belezas que ultrapassam as físicas. Se o amor for cego e ignorar certas atitudes em beneficio do relacionamento, pode até ser muito bom!

O amor é surdo e inaudível quando não ouve o que é falado pela anestesia do “estar apaixonado” e leva a uma relação a dois sem profundidade. Tapar os ouvidos como se não quisesse escutar não é a melhor solução e não ajuda em nada. Se o amor é surdo e faz com que palavras entrem e saiam para melhor viver, é uma grande virtude!


O amor é mudo e nada fala quando apenas um pode expressar sua opinião como um monólogo que muito difere de uma relação saudável. E como existem casais que um fala demais e o outro fica muito quieto, o que acaba um dia dando problemas. Se o amor é mudo e consegue segurar certas palavras que é muito melhor que não sejam ditas, será uma grande dádiva!

O que mais importa é que o amor faça bem à vida. E quando duas pessoas se relacionam por intermédio do amor e não apenas de maneira carnal, físico, que ele possa ser, sim, cego, surdo e mudo, desde que obtenha resultados com as atitudes.


Porque, como disse Leornardo Da Vinci e que confirma toda essa avaliação: “As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”.

 

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Rofa Rogerio Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.





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