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Obras do porto de Jaconé podem destruir patrimônio ambiental e histórico da região

A obra teve sinal verde da Justiça no final do ano passado e deve começar este ano

Como ficaria o mostrengo/Divulgação
Como ficaria o mostrengo/Divulgação

A Tribuna - Ao longo dos anos os moradores de Maricá e ambientalistas protestam contra a construção do Porto de Jaconé, em Maricá. A região é conhecida pela sua beleza, preservação, e ondas que atraem surfistas, mas também por seu patrimônio histórico e geológico.


Um exemplo são as beachrocks, rochas de praia descritas por Charles Darwin durante sua passagem por Jaconé em 9 de abril de 1832, durante a sua viagem pelo interior da então Província do Rio de Janeiro.


O início da obra foi tumultuado e foi adiado algumas vezes por causa da luta dos movimentos sociais, universidades e do Ministério Público que se opõem a esse megaempreendimento. No entanto, no final do ano de 2021, a Justiça deu sinal verde e o início das obras está previsto para este ano.


A Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), vinculada à Secretaria de Estado do Ambiente de Maricá, autorizou no dia 23 de dezembro a licença ambiental para a construção do projeto do Terminal Ponta Negra em Maricá. A liberação foi aprovada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e publicada no Diário Oficial do Estado.



Para o ambientalista, Sérgio Ricardo, a preservação de Jaconé é fundamental não só para as questões ambientais, mas também pela história que carrega. Qualquer impacto nessas rochas de praia decorrentes da implantação da estrutura portuária seria uma perda inestimável para a ampliação do conhecimento científico em diversas áreas, como a Geologia.


“Acompanho este conflito socioambiental desde o seu início. Meu pai morou por uns 20 anos em Jaconé, e eu tinha o costume de frequentar com meus irmãos para andar de bicicleta. É mais um paraíso ecológico ameaçado pelo avanço da industrialização”, pontuou o ambientalista.


O documentário “Pedras de Darwin, as Beachrocks de Jaconé”, dirigido por Carlos Pronzato, ouve vários ambientalistas e pesquisadores, além de moradores e trabalhadores da região, que lutam pela defesa ambiental da região de Maricá e Saquarema e apresentam elementos que apontam os múltiplos danos irreparáveis que a construção do Porto de Jaconé representa.

 

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