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Para procurador, escravidão existiu porque índio não gosta de trabalhar

Declaração de Ricardo Albuquerque, do Ministério Público do Pará, ocorreu durante palestra para estudantes de Direito


Ricardo Albuquerque/Reprodução MPPA
Ricardo Albuquerque/Reprodução MPPA

Durante uma palestra dada a estudantes de Direito em Belém (PA), o procurador Ricardo Albuquerque, do Ministério Público do Pará (MPPA), declarou que não há nenhuma herança da escravidão no Brasil e culpabilizou os indígenas pela escravização de pessoas advindas do continente africano. Um áudio com a declaração foi divulgado nesta terça-feira (26).

“Esse problema da escravidão aqui no Brasil foi porque o índio não gosta de trabalhar, até hoje. O índio preferia morrer do que cavar mina, do que plantar pros portugueses. O índio preferia morrer. Foi por causa disso que eles foram buscar pessoas nas tribos na África, para vir substituir a mão de obra do índio. Isso tem que ficar claro, ora!”, diz Albuquerque em trecho do áudio divulgado.

O procurador ainda nega que haja qualquer dívida histórica. “Eu não acho que nós tenhamos dívida nenhuma com quilombolas. Nenhum de nós aqui tem navio negreiro. Nenhum de nós aqui, se você for ver sua família há 200 anos atrás (sic), tenho certeza que nenhum de nós trouxe um navio cheio de pessoas da África para ser escravizadas aqui”, afirmou.


Após a revelação das gravações, Albuquerque disse que a fala foi tirada de contexto e que quem divulgou a gravação “optou por, de maneira sub reptícia, tentar macular o bom nome de uma pessoa preocupada em contribuir com a disseminação do conhecimento de maneira imparcial”.





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