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Parque Natural será criado na região do Fonseca e Fátima

Parque terá mais de 62 hectares, com trilha, mirante e preservação de ruínas históricas e ainda conta com o reflorestamento do Morro Boa Vista

Ruínas da Chácara do Vintém/Foto: Luciana Carneiro
Ruínas da Chácara do Vintém/Foto: Luciana Carneiro

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, enviará mensagem para a Câmara de Vereadores, no próximo dia 15, para a criação de mais uma área protegida na cidade: o Parque Natural Municipal Águas Escondidas. Com mais de 62 hectares, o Parque será a maior área protegida da parte central da cidade. A região abrange partes dos bairros de São Lourenço, Cubango, Fonseca, Fátima e Pé Pequeno.

Na área do Parque está a antiga Chácara do Vintém, implantada em 1837, formada por um aqueduto, caixas de depuração e canalizações. A criação do Parque prevê a reforma dessas históricas ruínas, proteção das nascentes e reflorestamento no Morro Boa Vista.

A Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa) licitou e dará início à obra de implantação de uma trilha ligando o Bairro de Fátima até o mirante a ser instalado no Morro da Boa Vista, parte integrante do Parque. O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Modernização da Gestão (Seplag), Axel Grael, enfatiza que o Parque associa turismo, reflorestamento, proteção de nascentes, tem todo um conteúdo histórico da origem e da evolução da cidade de Niterói e, acima de tudo, um componente educativo muito importante.

- A Prefeitura de Niterói já vem promovendo a maior iniciativa de reflorestamento da cidade no Morro da Boa Vista, que é parte do novo parque, com ações lideradas pela Clin, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) e, mais recentemente, pela UFF. O patrimônio histórico composto pela captação de água na Chácara do Vintém, o aqueduto, o reservatório e a antiga fonte de abastecimento público serão protegidos - explica Axel Grael.

O secretário conta, ainda, que o Águas Escondidas terá uma integração com o Parque das Águas, também na área central da cidade, e foi revitalizado pela atual gestão. Grael lembra que o nome Águas Escondidas vem da expressão indígena que deu origem ao nome da cidade de Niterói, e que aquela região era aldeia de Arariboia, por ser um lugar considerado seguro e estratégico, com vista para a Baía de Guanabara.

- Niterói teve seu desenvolvimento durante muito tempo associado à oferta de água e essa é a história que a gente quer contar, tanto no Parque das Águas como no Águas Escondidas. Quando fizemos a revitalização do Parque das Águas, o projeto foi desenvolvido de forma com que as pessoas pudessem ver o reservatório. O mesmo acontecerá com o Águas Escondidas. Serão dois parques, duas áreas protegidas que vão contar essa história da água em Niterói - revela Grael.

Para a criação do Parque Águas Escondidas, a SMARHS desenvolveu um estudo técnico sobre o assunto, que foi apresentado ao Conselho Municipal de Meio Ambiente de Niterói (COMAN) e submetido a audiência pública, além da participação da população. Esse é um projeto que faz parte do programa Niterói Mais Verde, que vem buscando enquadrar áreas verdes da cidade na legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Atualmente, Niterói tem 56% do seu território composto por Unidades de Conservação e áreas ambientalmente protegidas por conta do Programa implantado pela Prefeitura em 2014.  

- Nos Estados Unidos, por exemplo, os parques representam 3% do PIB. No Brasil, essa questão ainda não foi completamente despertada, com a real importância dos parques para a economia do país. Normalmente, os parques são criados e não têm orçamento, não têm equipe. Queremos mostrar que assim como fizemos com o Parnit, o Águas Escondidas já vai nascer com uma obra de implantação de uma trilha. Além disso, a área histórica da Chácara do Vintém foi cedida pelo Estado a Niterói, e será preparada pela Prefeitura para ser aberta à visitação pública - diz o secretário.

Grael conta que a implantação da trilha foi uma reivindicação do padre João Cláudio Nascimento e dos fiéis da Igreja Nossa Senhora de Fátima, que fica no bairro de mesmo nome, em uma área bem próxima a do Parque.

- O padre João Cláudio tem pós-graduação em História e foi ele que me levou lá para pedir a trilha. Ele sobe o Morro da Boa Vista constantemente para acompanhar o reflorestamento e, também, sempre se preocupa em me avisar quando surge um foco de incêndio - afirma.


- O Morro Boa Vista faz jus ao nome, é um local muito bonito. Essa trilha faz parte da revitalização de toda a infraestrutura da Chácara do Vintém. Será uma obra muito interessante, com pontos de captação de água, um aqueduto que leva para um reservatório de água histórico e que foi usado muito tempo como forma de abastecimento de água da cidade. Tenho certeza que os moradores e visitantes da cidade ganharão mais um excelente espaço para desfrutar das belezas naturais que temos aqui - acrescenta Grael.


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