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Piora que melhora, por Helcio Albano


O ano de 2019, o primeiro de governo Bozoliro, se não andou para frente na economia, tampouco andou para trás. Estagnou-se. Como estagnados estamos há 5 anos. Até aí nenhuma novidade, tirando o fato de que essa recessão é a mais longa da história brasileira.


Nem os anos caóticos com Sarney na redemocratização, e depois Collor, superam esses tristes dias que nós, remediados, não sabemos como que a massa de mais de 48 milhões de brasileiros desempregados, subempregados, desalentados, sem-teto, ou simplesmente miseráveis, vivem.


Olhando melhor, andamos para trás sim. Afinal são gentes, e não números. Acabo de me dar conta.


Um amigo bozófilo, desses ‘empreendedores’ endeusados pela Globo e pelo liberalismo torto no Brasil, comemora a mudança, o crescimento econômico, o fim da corrupção, o respeito do país no exterior.


Pondero com ele, peço que me prove o que dizes.


Fica desconfortável e não sabe me dizer de onde vinha tudo aquilo que falava. Me pediu um tempo para me apresentar, segundo ele, dados irrefutáveis do sucesso bozoliano.


No dia seguinte, memes, vídeos no whatsapp, dos quais jamais tinha visto, traziam a narrativa que fisgara o meu amigo a um mundo fictício, irreal, mas muito bem produzido não se sabe onde e por quem.


Para quem já foi fisgado, não adianta o rebate pelas mesmas vias. É tolice.


Não sei, mas para melhorar ainda vai piorar muito a vida.


Plus

Banners e memes serão uma constante/Divulgação Facebook
Banners e memes serão uma constante/Divulgação Facebook

[Roubado do Informe Daki, exclusivo do jornal impresso]


Dimas Groselha


Há muito mais coisa entre o zap e a rua do que imagina nossa vã filosofia...


O já declarado pré-candidato à prefeitura de São Gonçalo pelo PT, Dimas Gadelha, incorporou o “progressismo” e tem aparecido em diversos banners digitais de divulgação e dado declarações que caberiam, sem tirar nem pôr, numa peça de propaganda eleitoral petista de Maricá.


Aí a galera não perdoa!


Nos dutos do Whatsapp já tão trocando o Gadelha por “Groselha”. Aí corro ao dicionário e encontro: “Falar groselha: Discorrer sobre algum assunto sem ter conhecimento algum do que está falando. Embromar. Valer-se de falácias no discurso”.


Parece que a coisa não é só fônica...


Bônus

A Folha de São Paulo pegou o Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência, com a boca na botija, dadas as evidências escandalosas de corrupção.


De tão escandaloso, que parece de início ser inacreditável, mas depois passa a ser surreal.


O sujeito, com cara de nerd punheteiro, "excelente profissional", segundo Bozoliro, recebe, por meio de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras de TV e de agências de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais do governo.


É ou não é incrível?


E para abafar o caso, bem ao feitio dessa turma de celerados, colocam o Roberto Alvim, secretário de cultura, a fazer apologia ao nazismo em rede nacional.


Com direito à citação de Goebbels e trilha sonora de Wagner, o queridinho de Hitler.


No Twitter não se fala em outra coisa...


Foco no punheteiro, pessoal.


Destruiômetro

[Índice semanal de destruição do país]


1. Anúncio de descarte de quase 3 milhões de livros didáticos não distribuídos pelo MEC logo após anúncio, pelo sujeito que ocupa o Palácio do Planalto, de criação de livros didáticos "sem muita coisa escrita" com hino nacional e bandeira do Brasil na capa;


2. Firme no propósito de esculhambar o serviço público, o governo anunciou a contratação de 7 mil reservistas do exército para ocupar as vagas deixadas pelos servidores que se desligaram do INSS via aposentadoria. Além de sua remuneração integral, o milico de pijama, que entende bulhufas da lida previdenciária, vai embolsar mais um adicional de 30% de sua (dele) pomposa pensão.


PS: tem muita coisa que passa batido no Destruiômetro. Portanto peço a sua ajuda pra construir esse boletim semanal. Favor mandar sugestões para dakijornal@gmail.com ou para o nosso zap: 21 97124-4527.

Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.




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