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Secretário vai à Câmara explicar bundalelê da vacinação em São Gonçalo

Vargas culpou cidades vizinhas que mudaram regras de vacinação que sobrecarregaram a cidade


Cláudio Figueiras

Romario e Vargas/Foto: Divulgação
Romario e Vargas/Foto: Divulgação

O secretário de Saúde de São Gonçalo, André Vargas, compareceu à Audiência Pública na Câmara nesta quarta (02), para prestar esclarecimentos sobre atuação de sua pasta na campanha de vacinação contra a Covid-19 no município.


A audiência foi promovida pelo vereador Romario Regis (PCdoB) e reuniu boa parte do primeiro escalão do governo, vereadores da base, oposição, movimentos sociais e sindicatos.


De cara, o secretário teve que explicar o "liberou geral" em fevereiro, que atraiu gente sem ligação alguma com São Gonçalo. Os critérios de vacinação da Secretaria, à época, permitiram acesso indiscriminado ao imunizante de profissionais da área da saúde sem necessidade de comprovação de residência ou vínculo empregatício no município.


As cenas de filas e aglomeração nos postos de vacinação transmitidas pela TV Globo correram o país e indignaram os gonçalenses, indignação reproduzida na Tribuna pelo vereador Alexandre Gomes (PV):


- Não é porque eu faço parte da base do governo que eu tenho que concordar com certas atitudes, em especial na pasta da Saúde. Aquele momento foi muito triste para essa cidade sofrida. Pela primeira vez São Gonçalo foi valorizada porque recebeu uma quantidade considerável de vacina. Mas infelizmente essa vacina foi pro ralo - afirmou Gomes, que louvou o prefeito Nelson Ruas (PL) em reconhecer o erro e incluir nos critérios de vacinação o vínculo com o município.


Vargas se agarrou ao Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde para justificar o bundalelê, e acusou cidades vizinhas de mudarem as regras de vacinação, o que veio a sobrecarregar São Gonçalo:


- Para nossa surpresa, os municípios vizinhos optaram por não fazer o mesmo (seguir o PNI), apesar de receberem um quantitativo dessa dose (de vacinas), proporcionalmente maior que o nosso. Com a migração dessa gente, nossa demanda aumentou, o serviço de vacinação foi comprometido. Quando percebemos isso, mudamos imediatamente nosso plano - disse o secretário.


Sobre a aquisição de vacinas, Vargas afirmou que são exclusividade do Governo Federal e ainda não há condições de vacinar toda a população.


- As doses chegarão aos poucos e com os públicos indicados para a vacinação. Por isso, é muito importante que a população colabore mantendo o distanciamento, usando máscara, lavando as mãos e usando álcool em gel. Precisamos da conscientização e respeito de todos - finaliza.


O reduzido número de vacinas enviadas ao município, sem um cronograma pré-definido com datas de envio, inviabiliza a criação de um calendário de vacinação abrangente com a especificação do público-alvo.


São Gonçalo não tem um plano local de imunização.


Veja a audiência na íntegra em vídeo abaixo:



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