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UFF realiza estudo sobre primeiros casos de coronavírus em Niterói


Câmpus da UFF — Foto: Divulgação/UFF
Câmpus da UFF — Foto: Divulgação/UFF

Em parceria com a Fundação Municipal de Saúde de Niterói (FMS), a Universidade Federal Fluminense (UFF) está realizando um estudo dos primeiros casos e contatos de coronavírus no município.


Utilizando dados da FMS, pesquisadores da UFF, do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística do Instituto de Saúde Coletiva, do Grupo GET-UFF contra COVID19, da Escola de Enfermagem e da Fiocruz investigam as primeiras ocorrências da doença no município e como ocorreu sua transmissão, com objetivo de aprimorar ações e intervenções de prevenção e controle da pandemia na cidade.


Com dados de março a abril de 2020, a pesquisa revelará como a doença atingiu Niterói, estimará a proporção de pessoas infectadas e assintomáticas e realizará projeções tanto do número total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, como de óbitos no município. Os contatos são realizados por telefonema com aqueles que testaram positivo no perímetro temporal da pesquisa e também seus contatos próximos, como familiares e amigos. Nesta parceria com a UFF, a FMS se dispôs a realizar essas testagens nos domicílios.


Feito o catálogo dessas pessoas, a pesquisa fará um mapeamento dos casos totais separados por gênero, faixa etária e nível socioeconômico. Com essas informações serão formadas curvas epidemiológicas ajustadas para casos confirmados, número de casos não reportados, e número total de pessoas infectadas; além de estimativas oportunas da gravidade e transmissibilidade da doença.


Segundo Jackeline Lobato, professora da UFF e coordenadora do projeto, Niterói tem um Programa Médico de Família (PMF) que cobre todas as regiões da cidade com excelente cobertura das populações mais desfavorecidas, o que certamente contribuirá para diminuir os impactos da epidemia. Vale ressaltar que os primeiros casos são oriundos, em sua maioria na região de Icaraí. Dessa forma, esse estudo pretende resgatar o início da pandemia em Niterói e entender melhor como foi sua disseminação.


Inicialmente, serão considerados 200 casos confirmados e estima-se, com base em teorias de redes complexas, que o número de contatos por cada caso confirmado seja de quatro pessoas. Assim o tamanho de amostra inicialmente estimado seria de 1000 (200 casos e 800 contatos) participantes. Esse número, no entanto, pode ser ampliado, visando se obter uma amostra representativa da população do estudo.


- Estas informações são de grande interesse público e acadêmico, principalmente para os gestores públicos do município, pois podem auxiliar na orientação da tomada de decisões baseadas nas melhores evidências científicas disponíveis", conclui Jackeline Lobato, afirmando que serve de apoio para a continuidade da resposta adequada e oportuna à pandemia que Niterói adotou e que tem sido elogiada internacionalmente. “Contamos com a colaboração da população, no sentido de receber nossas ligações e doar 15 minutos de seu tempo respondendo o questionário. Após essa entrevista por telefone, uma equipe da FMS vai agendar o exame, que será realizado no domicílio - finaliza Jackeline.



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