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Um Problema de todos e de cada um

Por Hélida Gmeiner Matta

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Aprendi com uma amiga publicitária, que textos de propaganda devem ser escritos sempre no singular, uma vez que a leitura é um ato pessoal. Se está no plural, o texto não atinge o indivíduo de maneira tão eficiente. Seguindo essa lógica, o título desse artigo fala para todos, mas responsabiliza cada um.


A última semana ficará marcada por mais uma vergonhosa tragédia na maior floresta tropical do mundo, a Amazônia.


Infelizmente e não surpreendente, na Amazônia Brasileira. Isso nos impõe discutir sobre o papel da Educação enquanto conscientização e instrumentalização social para a preservação cultural e ambiental.


Que estratégias adotamos, ou que poderíamos adotar? Essa questão é a diretriz para o artigo de hoje. Nesse sentido, apresento algumas ideias, não como receitas, mas como partilha de práticas e experiências possíveis.


Conhecer e se reconhecer - essa premissa fundamenta atividades de pesquisa, apresentação de documentários, entrevistas com pessoas ligadas à Amazônia. Trazer para perto dos brasileiros (estudantes) com quem estamos falando, outros brasileiros (indígenas e ambientalistas) que vivem de perto a realidade amazônica.


Uma possibilidade: um ciclo de entrevistas virtual. No ano passado, uma escola em Niterói realizou essa atividade com convidados de várias partes do Brasil, entre elas uma Cacique da etnia Omágua Kambeba.



Refletir e agir - reunir as reflexões que surgem das experiências do conhecer em produções para ação. Vamos tornar as atividades escolares ações concretas, sejam em publicações, manifestos, literatura etc. Criemos abaixo-assinados!


Uma possibilidade: em 92, uma escola em São Gonçalo se envolveu com a Conferência Mundial do Clima, e realizou uma passeata na comunidade.


Ser exemplo - a escola, educadoras e educadores precisam ser exemplo de engajamento, apropriados da discussão ambiental, conscientes da necessidade de preservação.


Possibilidades: há diversas experiências de escolas que fazem coleta seletiva, criam hortas, etc. Ações que, se não são diretamente ligadas à Amazônia, desenvolvem o senso crítico e a consciência ambiental nos envolvidos.


Penso que as premissas que aponto, contribuem, sem serem as únicas, no sentido de fazer uma Educação comprometida com a Amazônia e com o meio ambiente, estando a escola em que lugar esteja.


Afinal, como diz a canção de Nando Reis e cantada por diversos artistas de diferentes estilos:


"Ou se salva a Amazônia, ou não se salva o mundo." Nem eu, nem você e nem ninguém.

Colaboração: Edir Tereza dos Reis

 

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Hélida Gmeiner Matta é professora da Educação Básica da rede pública. Pedagoga, Especialista em alfabetização dos alunos das classes populares, Mestre em Educação em Processos Formativos e Desigualdades Sociais e membra do Coletivo ELA – Educação Liberdade para Aprender.



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