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Vereadores recuam e cancelam sessão do 'trem da alegria' salarial


Diney Marins cancelou a sessão/Foto: Reprodução
Diney Marins cancelou a sessão/Foto: Reprodução

"Sentiu, Galvão". Diria o repórter global Tino Marcos dos vereadores gonçalenses, minutos antes da sessão na Câmara de hoje (29) que discutiria o reajuste salarial de todo o primeiro e segundo escalões da Prefeitura de São Gonçalo. Um trem da alegria que atingiria desde prefeito, secretários, subs e assessores de governo a partir de 2022.


A sessão, a última da atual legislatura e do ano de 2020, foi cancelada pelo presidente da Casa, Diney Marins (Cidadania), depois de muita pressão da população contra o benefício, convenhamos, totalmente fora de hora.


- O cancelamento da sessão foi uma vitória importante num momento em que a cidade não precisa disso, ter aumento de salário de prefeito, vice-prefeito e secretários. A gente precisa de investimento na área social e na área da saúde de enfretamento à pandemia de Covid-19 - disse o vereador eleito, Prof. Josemar (PSOL), que esteve presente no Plenário da Câmara acompanhando a sessão.


Os vereadores foram convocados em sessão extraordinária para debater o Projeto de Lei 237/2020, de autoria da Mesa Diretora, destinado a atualizar os valores dos subsídios pagos a prefeito, vice, e secretários. Essa atualização é uma exigência legal ao final de cada legislatura. Os edis também discutiriam uma mensagem executiva do governo Nanci que estenderia o benefício ao subprocurador-geral, assessores especiais e ouvidor da Prefeitura.


A notícia da votação veiculada pela imprensa ontem (28) não caiu nada bem junto à população, que protestou muito nas redes sociais contra o reajuste. Entidades da sociedade civil, como o Sindicato dos Servidores Públicos Efetivos de São Gonçalo (Sindspef-SG), também se manifestaram:


- Seria um escárnio total, um tapa na cara e uma inversão total de prioridades, se os vereadores aprovassem o aumento de até 45% nos salários do primeiro escalão do governo no apagar das luzes da atual legislatura. E pior! em plena pandemia e em meio a incertezas do que iremos viver em 2021 - postou o sindicato nas redes sociais.


Pela proposta, os salários se manteriam em valores atuais em 2021: prefeito R$ 20.800, vice R$ 13.800 e secretários R$ 11.500. A partir de 2022, o primeiro escalão do Executivo teria um reajuste entre 23% e 45%, assim: prefeito R$ 27.057 (+30%), vice R$ 18.038 (+23%) e secretários R$ 16.675 (+45%).


***


Erramos! Dissemos erroneamente que o percentual de aumento para os secretários seria de 31%, mas é na verdade de 45%. Atualizado às 21h03 de 29/12.


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