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São Gonçalo deve atingir 2.500 mortes por Covid nesta quarta (9)

Cidade mantém 70% dos leitos exclusivos para a doença ocupados na rede municipal


Por Cláudio Figueiras

Os cemitérios seguem a rotina de enterrar os corpos de vítimas da doença sem a presença de familiares e amigos/Foto: Agência O Globo
Os cemitérios seguem a rotina de enterrar os corpos de vítimas da doença sem a presença de familiares e amigos/Foto: Agência O Globo

O município de São Gonçalo deve atingir nesta quarta (9) a marca de 2.500 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia em março de 2020. Segundo boletim da Secretaria de Saúde (SEMSA) atualizado ontem (8), a cidade confirmou 16 óbitos em decorrência da SarsCov2 (Coronavírus), chegando a 2.495 no total.


O Brasil caminha a passos firmes para as 500 mil mortes (477 mil) e o estado do Rio já ultrapassou os 50 mil mortos (51.865), segundo dados mais atuais do Ministério da Saúde.


As mortes no município divulgadas ontem, de acordo com a SEMSA, ocorreram entre os dias 27 de maio e 1 de junho. Outros 131 óbitos estão em investigação. Desde o dia 1 de janeiro, quando foi alcançada marca de 1.000 mortes pela doença na cidade, São Gonçalo vem mantendo uma média de 10 óbitos diários.


O pico de óbitos ocorreu na semana de 24 a 30 de maio quando a cidade chegou a registrar 23 mortes diárias por dois dias consecutivos (26 e 27). Maio foi o ápice da segunda onda da pandemia em São Gonçalo. Durante praticamente todo o mês, foram em média 20 mortes diárias pela Covid-19, levando para todo o sempre 600 gonçalenses do convívio de amigos e familiares.


Sob o pretexto de conter o morticínio, e ao mesmo tempo atender aos comerciantes do município, o governo Nelson Ruas (PL) lançou, no dia 11 do mesmo mês, a campanha "Nossa cidade sem lockdown, depende de você!" (sic), com resultados que surtiram pouco ou nenhum efeito na prática devido à política frouxa e vacilante de contenção da doença levada a cabo pela Prefeitura.


No mês anterior, em abril, o prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT), alegando negligência da cidade vizinha, enquadrou o capitão reformado, tecendo críticas duras e nada amigáveis ao mandatário gonçalense. Naquele momento, segundo Axel, 20% dos leitos de Niterói estavam ocupados por pacientes de São Gonçalo.


O mandachuva niteroiense chegou a levantar barreiras sanitárias (apelidadas de "barricadas do Grael") para restringir a entrada de gonçalenses em Niterói. Ação que acabou gerando muita polêmica e protestos de moradores e políticos da prima pobre do leste metropolitano.


Leitos

A SEMSA também divulgou ontem no Diário Oficial o quadro atualizado de ocupação de leitos de CTI e enfermaria para pacientes com Covid-19. Dos 57 leitos de CTI disponibilizados em quatro unidades de saúde municipais, 40 estão ocupados, o que equivale a 70% das vagas.


Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas (PSI)

6 leitos de enfermaria (6 ocupados)

7 leitos de CTI (4 ocupados)


A SEMSAPronto Socorro Central Dr. Armando Gomes de Sá Couto (PSC)

8 leitos de enfermaria (6 ocupados)

7 leitos de CTI (6 ocupados)


Hospital Franciscano Nª Srª das Graças

32 leitos de enfermaria (18 ocupados)

17 leitos de CTI (16 ocupados)

6 leitos Sala Vermelha (4 ocupado)


Hospital Covid 19 Retaguarda Gonçalense

36 leitos de enfermaria (14 ocupados)

26 leitos de CTI (22 ocupados)






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