STF teme que julgamento de militares das forças especiais vire ‘show de loucuras’
- Jornal Daki
- 31 de mar.
- 2 min de leitura
Apreciação da denúncia contra réus réus ligados às Forças Armadas preocupa ministros

O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para um dos julgamentos mais sensíveis desde o início das ações penais relacionadas aos ataques golpistas de 8 de janeiro. Trata-se da análise das denúncias contra os réus do chamado Núcleo 3, grupo composto por acusados de envolvimento direto na organização logística e operacional da tentativa de golpe.
O julgamento está marcado para os dias 8 e 9 de abril e já mobiliza internamente a atenção de ministros, técnicos e equipes de segurança institucional da Corte.
Este núcleo é composto majoritariamente por militares, alguns com histórico em unidades de elite das Forças Armadas e forças especiais, o que adiciona uma camada de tensão ao processo. A atuação desses réus é considerada estratégica para a concretização dos ataques — seja pela capacidade operacional, seja pela experiência em ações táticas.
Nos bastidores do STF, há uma leitura consolidada de que esse julgamento não será apenas jurídico: será também um teste para a estabilidade institucional e a resposta das corporações militares.
O receio principal da Corte está no perfil das defesas desses réus. Segundo fontes com trânsito no Supremo, há preocupação de que bancas de advocacia adotem uma linha menos técnica e mais performática, apelando para discursos políticos, ideológicos e até provocativos.
Defesas podem adotar linha performática em julgamento
Em vez de sustentações centradas em teses jurídicas, há expectativa de que algumas defesas busquem tensionar o ambiente da sessão, fazendo do julgamento um palco de contestação pública ao STF e às instituições democráticas.
Os réus do Núcleo 3 também têm chamado a atenção por outro motivo: a simbologia associada à sua presença nos atos. Nos corredores do Supremo, alguns desses acusados são informalmente mencionados como integrantes do grupo dos kids pretos — uma referência à estética militarizada adotada por certos manifestantes no dia 8 de janeiro.
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