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Uerj receberá R$ 150 milhões e diz que usará dinheiro para pagamento de auxílio


Foto: Reprodução

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) receberá um repasse de R$ 150 milhões, vindos do Governo do Estado, de suplementação orçamentária. Segundo a universidade, parte desse dinheiro será utilizado para conceder auxílios à estudantes que não se enquadram nos novos critérios da Bolsa Apoio à Vulnerabilidade Social (Bavs), estipulados pelo Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024.



O ato gerou diversas manifestações de movimentos estudantis, incluindo a ocupação da reitoria e de outros prédios. Uma das principais mudanças do Aeda 038/2024, descrito como Aeda da Fome pelos estudantes, é a revisão da renda mínima necessária para que os alunos possam receber a Bavs, que destina R$ 706 por mês, tendo duração de dois anos. Antes, para obter o benefício, era necessária a declaração de um salário mínimo e meio, agora, somente meio salário.


A reitoria da universidade participou de uma reunião, na manhã desta terça-feira (27), com as secretarias de Estado de Governo, Planejamento e Gestão e Ciência e Tecnologia. Depois do encontro, o governador Cláudio Castro (PL) determinou o repasse de R$ 150 milhões de suplementação orçamentária para que a Uerj honre os compromissos assumidos até o fim do ano. O valor será dividido em duas parcelas, sendo a primeira disponibilizada ainda neste mês e a a outra em setembro.

De acordo com a Uerj, o plano de suplementação foi negociado para garantir os pagamentos da assistência estudantil, envolvendo quase 9 mil bolsas permanência (cotistas), cerca de 6 mil bolsas acadêmicas e as Bavs.


No caso específico dos alunos que não se enquadram nos novos critérios da Bolsa Apoio à Vulnerabilidade Social, a universidade explicou que a suplementação permitirá a concessão de auxílios, em um regime de transição proposto às entidades estudantis, de R$ 400 de bolsa, R$ 300 de auxílio transporte, tarifa zero nos restaurantes universitários (RU) ou auxílio alimentação de R$ 300 nos campi onde não existem os RUs.


Na última sexta-feira (23), houve uma reunião de negociação entre a reitoria e representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e dos Centros Acadêmicos para discutir propostas aos alunos, entre elas o pagamento de R$ 400 mensais até dezembro para quem perdeu o direito a Bavs, mas não houve acordo.

As atividades no campus Maracanã, na Zona Norte do Rio, está suspensa desde a última quarta-feira (21) por causa de um novo bloqueio feito por estudantes em todos os acessos ao Pavilhão João Lyra Filho. Até então não há previsão de liberação e as aulas seguem suspensas nos espaços ocupados pelos alunos.


O movimento de estudantes que ocupou a reitoria comemorou a conquista dos R$ 150 milhões, mas segue em busca da revogação do Aeda 038/2024.


"Sabemos também que o valor investido na Uerj é maior em relação ao que foi gasto no ano anterior, então não é verdade que não tem dinheiro. Tem dinheiro para pagar tudo e ainda sobra! A questão é politica e a reitoria precisa revogar o Aeda", destacou o grupo.



*Com informações O Dia

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