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Vereadores denunciam compra de votos nas eleições de conselheiros tutelares

Denúncias são de votos a R$ 50 e 100 por cabeça e R$ 250 por família


Por Cláudio Figueiras

Cici, Natan e Lecinho/Reprodução TV Câmara
Cici, Natan e Lecinho/Reprodução TV Câmara

Os vereadores da base do governo Nelson Ruas (PL), Lecinho Breda (MDB), Cici Maldonado (PL) e Natan (Rep) afirmaram que houve compra de votos nas eleições para os Conselhos Tutelares realizadas no último domingo (1).


As denúncias foram feitas na sessão plenária da Câmara nesta terça-feira (3).


As eleições que elegeram 20 conselheiros titulares e 20 suplentes para o quadriênio 2024-27 tiveram comparecimento recorde neste ano. Ao todo, 30 mil eleitores passaram pelos locais de votação na cidade. Nas eleições de 2019 o quórum foi de 18 mil eleitores.


"Eu estou abismado e envergonhado", disse Lecinho da tribuna sobre a existência de compra de votos, antes de elogiar um desafeto, a quem chama de "ativista", por levar o caso a 73ª DP, em Neves. Lecinho é presidente da casa legislativa.



O mesmo sentimento de seu colega Cici, que ouviu de eleitores terem sido pagos para comparecerem à urna. Segundo relatos ouvidos pelo parlamentar, eram R$ 100 por cabeça e R$ 250 por família.


"Eu presenciei isso", admitiu Cici, que ouviu de um eleitor "bem vestido" que queria pegar os 250 "pra comer a carninha daqui a pouco", disse.


Já Natan relatou que uma família de Santa Luzia foi enganada por um candidato que prometeu cesta básica, perdeu, e não cumpriu com a promessa. Lá, o voto valia R$ 50, segundo o vereador:


"A pessoa estava pagando R$ 50 por voto dentro do colégio pra 'pessoas minha' e não se elegeu" afirmou Natan.



Dos 20 conselheiros titulares eleitos, 17 são ligados à direita, a igrejas evangélicas ou ao governo Nelson Ruas. Pelo menos dois deles estariam na cota dos "independentes".


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