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Treta entre titular e vice é mais comum do que se pensa



O assunto político predominante nos botecos gonçalenses é a treta envolvendo o prefeito José Luiz Nanci e o seu vice, Ricardo Pericar. A coisa deu uma esquentada nesse final de semana nas redes sociais com a entrevista de Pericar à Rádio Fluminense.

Na ocasião, o vice-prefeito fez duras críticas ao governo. Mas no fim, se sincero ou não, ensaiou um aceno de aproximação ao seu parceiro de chapa nas eleições de 2016.

Pericar, depois do imbróglio da garagem no início desse ano, deixou a barba crescer e ficou meio caladão de alguns meses para cá, sem deixar de fazer o que gosta e sabe: política.

Como dizia o velho Brizola, o garoto do Rocha 'costeou o alambrado' da oposição, deu os seus pulinhos, e há quem diga que conspira firmemente para enfraquecer e derrubar o mais ilustre morador da Zé Garoto. Pericar usou jornalistas e páginas do Facebook para plantar algumas notinhas e seguir vivo na labuta.

Tretas envolvendo titular e vice são muito comuns no Brasil, e a história está recheada delas, seja nos pequenos municípios país afora seja no poder maior da República. Basta dar um google que está tudo lá.

Café Filho quis dar uma rasteira em Getúlio. Em 1960, o inusitado aconteceu: Jânio Quadros foi eleito presidente e seu opositor, João Goulart, foi eleito vice-presidente. As eleições de presidente e vice eram feitas de modo independente na época.

E por falar em Brizola, o único critério de escolha do seu vice em 1989 foi que ele não conspirasse e impedisse a sua posse caso fosse eleito. O caso Dilma-Temer está aí, fresquinho, para provar que realmente os vices não são flor que se cheire.

Pericar e seus apoiadores reivindicam maior participação no governo por terem sido 'imprescindíveis' na vitória de Nanci. É uma coisa de difícil mensuração. Em 2012, para vereador, Pericar teve 3.759 votos. Para deputado federal, em 2014, 8.709, muito menos que o 'novato' Marlos Costa, por exemplo, que teve 20 mil votos na mesma eleição e para a mesma representação.

Do outro lado, José Luiz Nanci optou pela diplomacia, e tenta de todas as formas não entrar em bola dividida que só interessa ao vice-prefeito, que antes de estar de olho na cadeira branca do gabinete, ambiciona ser eleito deputado.

Tudo ia bem para Pericar até Nanci mandar tirar da mão do vice-prefeito os caminhões e retroescavadeiras que eram o seu principal produto de marketing a inundar todos os dias a sua página no Facebook para curtidas e comentários que já o chamavam de novo Lavoura.

É pra ficar #xateado mesmo.

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