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A cultura gonçalense bota lenha pra queimar, por Marilyn Pires


Reprodução Internet
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Após meses de sofrimento entre publicações, discussões, elaboração de projetos, homologações e pagamentos de subsídios e editais, a cultura gonçalense toma fogo, põe lenha nessa fogueira artística e... surgem as primeiras e enormes dificuldades com esta nova gestão. Ao que parece, esse navio (que nem zarpou) está naufragando sem leme e sem comandante.


A classe artística agora passa por outro constrangimento: a dificuldade em executar e prestar contas de seus projetos. É claro e visível que a nova gestão não faz ideia do que trata efetivamente a Lei Aldir Blanc. Uma lei de emergência cultural que de emergência não teve nada até agora. A única emergência que se tem notícia na cultura de São Gonçalo é falar mal do que foi feito na gestão passada (que em três meses executou os mais de 6 milhões recebidos... já temos esses mesmos três meses de nova gestão e... nem conseguiram sequer responder os e-mails).


O secretário nomeou um número razoável de funcionários para compor o quadro da secretaria em meio à execução da Lei 14.017/2020, mas não pensou em momento algum que precisaria manter a equipe que a coordenava. Ou seja, tirou o leme do navio sem dó nem piedade.


Após duas portarias publicadas que se contradizem entre si (possivelmente algum erro da gestão passada), mudando a regra do jogo com a bola rolando, a “nova equipe” não levou em consideração o prejuízo que causaria à classe que se vê agora entre a cruz e a espada sem saber como proceder. Bom, este é um problema que, se o senhor secretário estivesse disposto a ouvir a classe, e, talvez, chegar a um acordo que fosse bom para todos. Mas, ao invés disso, exigem que os contemplados, tanto pelos subsídios como pelos editais, “compareçam pessoalmente” na secretaria para conversar sobre. O quê??


Em pleno pior momento da pandemia, com o covid matando mais de 3.000 pessoas ao dia, um encontro presencial é totalmente desnecessário. Além do mais, se TODOS têm as mesmas dúvidas, por qual motivo querem “falar em particular”? Acho que o secretário ainda não percebeu que estamos na era da tecnologia e o momento atual é de reuniões virtuais: mais seguras, mais transparentes e mais práticas para todos. Engraçado é que a sugestão deles é que as atividades inscritas sejam realizadas de forma remota.(!) Pelo visto, não só as portarias que contradizem...


A portaria 002, publicada em outubro passado e que regula o subsidio, foi bastante discutida entre comissão, conselho e classe. Ela é a regra do jogo. Em 21 de dezembro de 2020 foi publicada a Portaria nº 009 que, por uma necessidade administrativa de publicação em diário oficial, recebeu o nome de portaria – o que seria uma cartilha orientadora. Essa portaria não pode ser entendida como regra do jogo porque ela não foi discutida com a classe, nem com a comissão e nem com o conselho. São apenas orientações que deveriam apenas ser corrigidas. A regra não muda com o jogo andando. Pode isso, Arnaldo?


E haja lenha pra queimar nessa fogueira!


Colaboração de Junior Moraes e Rafael Vieira?

Marilyn Pires é educadora e gestora cultural.


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