'Brasil poderia ter evitado 400 mil mortes', dizem Pedro Hallal e Jurema Werneck
"Podíamos ter salvo 400 mil vidas no Brasil apenas se estivéssemos na média mundial", disse o epidemiologista e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal à CPI da Covid
![Epidemiologista e pesquisador da UFPel, Pedro Hallal; senador Omar Aziz (PSD-AM); diretora-executiva da Anistia Internacional e coordenadora do Movimento Alerta, Jurema Werneck. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)](https://static.wixstatic.com/media/037a82_cf6e8f477c3c4552bd6739777f464f14~mv2.png/v1/fill/w_49,h_24,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/037a82_cf6e8f477c3c4552bd6739777f464f14~mv2.png)
O Brasil poderia ter evitado que cerca de 400 mil pessoas morressem em decorrência da Covid-19, caso tivesse adotado uma política efetiva de controle lastreada em ações não farmacológicas desde o início da pandemia, em março de 2020. O dado foi apresentado nesta quinta-feira (24) pelo epidemiologista e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal e pela diretora-executiva da Anistia Internacional e coordenadora do movimento Alerta, Jurema Werneck, durante audiência na CPI da Covid.
Segundo Hallal, quatro de cada cinco mortes pelo novo coronavírus Brasil estão em "excesso" e poderiam ter sido evitadas se o País seguisse as políticas adotadas por outros países. "Ontem, uma de cada três mortes por Covid no mundo foi no Brasil", disse o pesquisador no início do depoimento.
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"Podíamos ter salvo 400 mil vidas no Brasil apenas se estivéssemos na média mundial”, destacou. Ainda segundo ele, o Brasil tem 2,7% da população mundial, mas registra 12,9% das mortes por Covid-19 em nível mundial.
Jurema Werneck informou ao colegiado que ao longo das 52 primeiras semanas da pandemia no país, cerca de 305 mil óbitos poderiam ter sido evitados. Ainda segundo ela, o país poderia registrar uma redução de até 40% na transmissão do coronavírus caso medidas restritivas, como o isolamento social, tivessem sido adotadas no início da crise sanitária.
“Se tivéssemos agido como era preciso, a gente podia ainda no primeiro ano de pandemia ter salvo 120 mil vidas”, disse. "Poderíamos ter salvo pessoas se a política de controle de medidas não farmacológicas tivesse sido aplicada", completou.
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