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Entenda como os animais sofrem com os fogos de artifício e como acalmar os bichinhos

Pets possuem uma capacidade auditiva superior a do ser humano, sendo que qualquer som ou ruído acima de 60 dB (decibéis) pode causar estresse físico e psicológico aos bichos


Foto: Cristiana Souza
Foto: Cristiana Souza

A Tribuna - Embora os fogos de artifício marquem diversas celebrações de final de ano e emocionem as pessoas por sua beleza, a queima dos artefatos com estampidos podem causar prejuízos aos animais. Isso porque os pets possuem uma capacidade auditiva superior a do ser humano, sendo que qualquer som ou ruído acima de 60 dB (decibéis) pode causar estresse físico e psicológico aos bichos – e os estampidos podem chegar a frequências acima de 125 dB.

Entre os riscos comuns associados a essa época do ano e apresentados pelos animais durante a queima de fogos estão: tremores, crises, travessia de janelas e portas ou destruição de paredes, fuga, entre outros.


O ouvido animal é capaz de perceber uma frequência maior de sons, se comparado a humanos, e podem detectar sons quatro vezes mais distantes, no caso dos cães e gatos. Por esse motivo, a queima de fogos com barulho, em comemorações como o réveillon, torna-se um momento de desespero para os animais, silvestres e domésticos.


“Esse é um problema seríssimo”, diz o médico-veterinário Daniel Prates, proprietário de uma clínica. “Já atendi um cão que atravessou uma vidraça [durante a queima de fogos]. Chegou aqui cheio de cacos de vidro enfiados na região de rosto, peito e pescoço. Por sorte não cortou a jugular ou entrou vidro nos olhos. Também atendi o caso de um cão que morreu de infarto”, conta.

Além disso, Prates adverte sobre os riscos de fuga do animal e de acidentes. “Já recebemos um cachorro que saiu pelo portão assustado, atravessou a rua e o carro pegou”. Ele recomenda aos donos de animais muito sensíveis uma atenção especial na hora da queima de fogos. “Aconselho deixá-los à vontade perto dos donos, que é onde eles se sentem mais seguros. Se forem presos sozinhos ou deixados do lado de fora da casa pode ocorrer acidentes horríveis”.


Segundo o vice-presidente do CRMV-RJ, Diogo Alves, o ideal é substituição de fogos de artifícios com estampidos por artefatos visuais e sem ruídos. Porém, enquanto a situação persista em algumas localidades, o Conselho oferece dicas de como responsáveis podem ajudar a minimizar os impactos negativos dos fogos para os animais. Ele recomenda que é importante manter seu animal identificado, pois caso ocorra a fuga, o responsável tem maior chance de reencontrá-lo. Isso pode ser feito com uso de coleiras, microchip ou plaquinhas. O importante é ter o número de telefone e/ou e-mail registrados.

O responsável pelo animal ainda pode preparar o ambiente e acostumar o bichinho a um espaço fechado, que abafe o som dos fogos.


O ideal é deixar o pet cansado durante o dia para que ele fique cansado e relaxado durante a queima de fogos. Nesse momento, vale fazer passeios, corridas e brincar com outros cães.

Preparar brinquedos recheáveis com as comidas preferidas do seu pet pode ser uma saída para a hora de maior intensidade dos fogos. O objetivo é o entretenimento com os brinquedos e menos preocupação, que tem como consequência o medo, com o barulho. Na cidade do Rio, uma lei que permite somente a instituições e pessoas autorizadas pela prefeitura a soltar fogos foi aprovada. Eles deverão ter ruídos inferiores a 120 decibéis. Em Niterói a mesma coisa, desde o início do ano, através da lei nº 3684/2022.

 

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