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Altineu e Dejorge, de olho nas emendas, são Temer desde criancinhas



Hoje o Plenário da Câmara decide se a denúncia apresentada pelo PGR Rodrigo Janot contra Michel Temer segue adiante na Casa. São necessários 342 deputados presentes para haver votação, ou pelo menos 257 para encerrar a discussão e manter onde está o presidente mais impopular da história pego com a mão na botija da corrupção.

Analistas de Brasília dão como favas contadas a vitória de Temer depois de distribuídos mais de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares, dinheiro muito útil à reeleição dos deputados no ano que vem. Para evitar o vexame da exposição do apoio ao presidente, a estratégia é se esconder.

É o caso dos deputados Altineu Côrtes (PMDB) e Dejorge Patrício (PRB). Os parlamentares que representam os eleitores de São Gonçalo, uma das cidades mais atingidas pelo aprofundamento da crise econômica sob o governo Temer, decidiram não se expor e irão se ausentar da votação de hoje, que é nominal.

A liberação de R$ 8 milhões em média de emendas para cada parlamentar favorável ao governo falou mais alto a despeito da vontade de 87% da população que quer a saída imediata de Temer da presidência e eleições diretas para escolha de um novo governante.

O PMDB e o PRB, partidos de Altineu e Dejorge, fecharam questão a favor de Temer.

Entenda

A denúncia contra Temer por corrupção passiva no exercício do mandato foi apresentada à Câmara pelo PGR Rodrigo Janot em julho. A comissão de constituição e justiça, após manobra do Planalto, rejeitou o parecer que autorizava a investigação e o imediato afastamento do presidente do cargo.

O que será votado hoje é um parecer alternativo que isenta Temer das investigações. O governo precisa de apenas 172 votos, ausências ou abstenções para enterrar as denúncias. O quórum mínimo para o início da votação é de 342 deputados presentes.

Temer aposta nas ausências e abstenções para não atingir os 342 votos.

Como a votação é nominal, cada deputado terá que botar a boca no microfone e declarar seu voto.

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