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Eu e São Gonçalo: 132 anos de muitos 'causos' - por Rofa Araújo


Igreja Matriz fotografada de dentro do ônibus/Foto: Helcio Albano
Igreja Matriz fotografada de dentro do ônibus/Foto: Helcio Albano

Eu sempre morei na cidade de São Gonçalo, mas como diria alguns, mas no meu caso é pura verdade: nasci em Niterói. Aliás, duas cidades que amo e tenho grande ligação.


Em terras gonçalenses, já ouvi muitas histórias de curiosas a pitorescas. E minha família também possui uma forte ligação com o município desde que meus avós vieram de São Fidélis para cá, permanecendo até suas mortes e meu pai que aqui sempre viveu e ainda vive já com os seus recém 90 anos completados.


Meu avô paterno Martinho, português legítimo da Ilha a Madeira que veio para o Brasil com 6 anos de idade, sempre trabalhou como pedreiro e marceneiro, sendo até mesmo pioneiro em moldes de madeira para fornalha da antiga fábrica da Videira, no Vila Lage. Embora não muito reconhecido, mas revolucionou o que nem engenheiros tarimbados não sabiam como fazer.


Outros momentos como meus pais e jovens da Igreja Batista de Neves, ao participarem de uma Maratona de Eficiência na década de 60, reformaram casas de pessoas carentes no bairro Vila Lage, onde se encontra a comunidade do Coruja, e ali puderam por amor ao próximo faze o bem e, depois, sagram-se campeões dessa competição em âmbito nacional.

Situações únicas que passei nas escolas quando estudei sobre a cidade, seus pontos turísticos e descobri que aqui não é apenas uma “cidade vizinha de Niterói” e, muito menos, como diziam muito “uma cidade dormitório” daqueles que trabalham nas cidades vizinhas. Desfile cívico sempre enrolei e nunca participei (rsrsrs).


E, desde 2001 até 2003 e, depois a partir de 2011, como funcionário Federal-Municipal como Agente Comunitário de Saúde cuidando da prevenção e do cuidado da população de minha área e abrangência, onde moro em Neves. E, mais recentemente, como professor de Língua Portuguesa e Literatura, no CIEP 309 Zuzu Angel, no Arsenal, ando aula no EJA e tendo experiências únicas com discentes de todas as idades.

A cidade tratada pejorativamente pelos vizinhos que a rebaixam como se fosse menor, mesmo sendo a segunda maior do estado do Rio de Janeiro ou mesmo pelos próprios “papa-goiabas” que nunca admitem que nasceram nessas terras.

Tem uma máxima que diz “O problema aqui, não é de governantes que, mesmo se alternando no poder, parece nada mudar como ocorreu com Niterói e Maricá, mas uma situação particularmente local”. Será isso verdade??? Aí, já são outros “causos” para historiadores e amigos como Rui Aniceto, Erick Bernardes...

O que importa é: parabéns a todos nós, gonçalenses, pelos “nossos 132 anos”! Deus abençoe a todos!!!

 

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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.



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