top of page

Patriotários e o pobrecoitadismo como tática pra se safar

Por Helcio Albano

A criminosa que desconhece castigo/Foto: Reprodução
A criminosa que desconhece castigo/Foto: Reprodução

Farsa. Eis o que define o bolsonarismo. Num futuro não muito distante, professores, coachs, palestrantes motivacionais ou corporativos, irão se voltar para nosso tempo presente e dizer: houve um momento no Brasil em que vivemos a farsa absoluta. Em todas as suas dimensões: moral, política, religiosa, ética e estética.


A farsa bolsonarista é despudorada. Desconhece limites e desatinos. O sujeito acometido desta enfermidade (ou efeméride?) se joga resoluto ao precipício. Ama o caos e a discórdia, mesmo que isso leve ao rompimento familiar. Por isso afronta sem medir consequências toda e qualquer autoridade que o contrarie. E isso não vai parar.


O biltre é um porraloca sem amarras, que se acredita inimputável. Porém, até a página dois. O ser bolsonarista encontrou um modo de se safar do castigo pelos crimes que comete: o pobrecoitadismo.



Tal categoria, também conhecida na psicanálise como vitimização (ou vitimismo, como a direita se refere às reivindicações de equidade social de direitos, principalmente de não brancos), não é nova. Ela é muito conhecida e está relacionada à fase infantil da vida, em que ainda temos uma autoestima muito baixa e medo do mundo.


O vitimista exige de nós condescendência e relativização com a merda que faz. E, quando brancos, quase sempre consegue. O pobrecoitadismo é um padrão nos depoimentos dos criminosos presos pelos atos terroristas em Brasília. E a sinopse se baseia num mesma lógica autoritária: supremacismo social, racial e religioso.


Hoje é o primeiro dia do resto de nossas vidas.


***

Baixe de graça o livro Reflexões de proa do jornalista Helcio Albano.

HA_REFLEXÕES_ebook
.pdf
Fazer download de PDF • 1.35MB

Siga @helcioalbano

 

Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.

Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.






POLÍTICA

KOTIDIANO

CULTURA

TENDÊNCIAS
& DEBATES

telegram cor.png
bottom of page