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Uma questão de “má-fé” - por Rofa Araújo


Foto: Divulgação internet
Foto: Divulgação internet

Quando se fala em FÉ logo se imagina àquela no divino, sobrenatural, que uns creem, outros não, e o respeito deve ser mútuo.


Mas, quando se fala em “má-fé”, que vem da expressão latina mala fides é “um conceito associado à ideia de fraude ou intenção dolosa. Pode ser engano intencional dos outros ou da própria pessoa (autoengano)”.


Não parece algo bem familiar do que estamos vendo à nossa volta? Uma verdadeira “má-fé” que ilude, usa e abusa daquela professada por muitos, usando até mesmo o nome do divino em vão, como se este estivesse apoiando isso ou aquilo com todos os erros ou que estivéssemos numa grande guerra entre o bem e mal.


Se existem temas como religião, política e futebol que não devem ser discutidos, pois gera conflitos e brigas que não levarão a lugar algum, como pode muitos agora pensarem em usar a FÉ como arma e manobra politiqueira, achando sua opinião mais firme e não apenas humana, mas sobrenatural, se quem assim discursa é tão ou mais sujeito a erros que os outros?


Quem desrespeita a FÉ dos outros, denigre alguns credos religiosos, não segue os preceitos bíblicos deixados por Cristo que sempre orientou “a amar ao próximo como a ti mesmo”.


Como bem disse Leonel Brizola a respeito do tema “Se os religiosos entrarem na política, o Brasil irá para o fundo do poço. O país retrocederá vergonhosamente e matarão em nome de Deus.”




Uma verdade que precisa ser pensada e repensada para que ninguém possa subir em palanques ou transformar púlpitos de igrejas em comitê eleitoral e todos acharem algo mais normal do mundo.


É preciso discernimento do que acontece atualmente para se analisar o que é melhor: tratar pura e simplesmente de ideologias sexuais, ser “a favor da família” mesmo que nem tanto assim pelas atitudes ou cuidar do povo e não permitir fila de osso e preços estratosféricos que ninguém pode arcar, passando a aumentar índices da fome?


A FÉ precisa ser coloca individualmente em prática e não ser transformada numa “má-fé” que engana, destrói e impõe posicionamento para determinado lado que nada tem de indicação celestial e nem muito menos segue orientações do Evangelho que, aliás, dele passa bem distante...

 

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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.



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