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Moraes cita duelo de 'Bambam contra Popó' ao falar de democracia e regulação das redes sociais

Alexandre de Moraes defendeu ainda que a regulamentação das redes sociais


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Metrópoles - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse nesta segunda-feira (26/2), na capital paulista, durante discurso para alunos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), que não se pode “baixar a guarda” em defesa da democracia no Brasil e “dar uma de [Kleber] Bambam contra Popó”.


O ministro defendeu ainda que propostas de regulamentação das redes sociais não podem ser confundidas com o “discurso fácil” de que essas medidas significam “atacar liberdade de expressão”.


As falas se deram no dia seguinte da manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujos apoiadores fazem ataques frequentes ao ministro por causa das investigações da Polícia Federal, supervisionadas por Moraes, sobre atentados ao estado democrático de direito, os ataques de 8 de janeiro e a possível tentativa de golpe da qual Bolsonaro teria participação.


“Nós não podemos nos enganar. Nós não podemos baixar a guarda. Não podemos dar uma de [Kleber] Bambam contra Popó, que durou 36 segundos. Nós temos que ficar alerta e fortalecer a democracia. Fortalecer as instituições e regulamentar o que precisa ser regulamentado”, disse o ministro.


O ministro disse aos estudantes, em um evento que marcou a abertura do ano letivo da instituição, que o papel da São Francisco era a “defesa da democracia e do estado de direito”, e passou a fazer uma análise do que ele chamou de “ataques” recentes à democracia no país, feitos “por dentro, de forma muito mais inteligente do que nós pensávamos”.


Os ataques, que segundo Moraes “têm método” e são orquestrados “por uma extrema-direita absolutamente raivosa, que conseguiu, por meio das redes sociais, das mídias digitais, alavancar um plano de poder no mundo todo nas democracias ocidentais”.


O método, de acordo com o ministro, passaria por ataques à imprensa e ao Poder Judiciário de forma digital. “Os extremistas apostaram nas redes sociais, nas notícias fraudulentas, criando falsos especialistas” em discursos não contra a democracia, mas contra os instrumentos que garantem as democracias, “como as eleições”.


“Não importa se a votação é por urna eletrônica, se é por correspondência, como nos Estados Unidos é permitido, ou se fosse por sinal de fumaça. O que importa é atacar a credibilidade do instrumento que permite ao eleitorado escolher seus representantes”, afirmou.


Alexandre de Moraes defendeu ainda que a regulamentação das redes sociais é parte do processo democrático e pode ser feita de forma a preservar a democracia.

“Nós não podemos cair nesse discurso fácil, de que regulamentar as redes sociais é ser contra a liberdade de expressão. Isso é um discurso mentiroso e pretende propagar e continuar propagando o discurso de ódio, a lavagem cerebral que é feita em milhões e milhões de pessoas”, afirmou.


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