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BRT uma ova, Pezão!



Em todas as cidades que foram se tornando periferia dada a sua proximidade com as capitais de estados, os transportes públicos foram orientados para o atendimento aos postos de trabalho nas empresas sediadas na “cidade núcleo”, ou seja, os trabalhadores durante todo o dia realizam as suas tarefas em uma cidade, e a noite, retornam para descansar em outra durante - pelo menos - cinco vezes por semana.

Dessa forma, São Gonçalo, enquanto “cidade dormitório” da cidade do Rio de Janeiro teve o seu fluxo de transportes planejado para facilitar a ida dos trabalhadores em direção as firmas e indústrias da capital do estado, enquanto a sua circulação viária interna ficava em segundo plano. Com isso, a mobilidade urbana vem se deteriorando com o aumento da circulação de automóveis e a necessidade urgente de um transporte público eficiente.

Em uma cidade com uma população de 1.008.065 habitantes, distribuída em um território de 247 km², a circulação de veículos e transeuntes se aproxima do colapso. E por quê?Entre as 17h00 e as 20h00, leva-se aproximadamente uma hora e meia (1h30) do Alcântara ao centro de São Gonçalo e duas horas e meia (2h30) para Neves, levando em consideração que em horários normais, os trajetos levariam respectivamente – no máximo – trinta minutos (0h30) e uma hora (1h00).

Assim, a proposta nada alvissareira do governador Pezão de substituir Linha III do Metrô por um corredor rodoviário expresso BRT - que seguiria o mesmo itinerário dos trilhos - deve ser veementemente rechaçada. Radicalismo leitores? De modo algum, pois não devemos cair no velho discurso popular que diz “melhor que nada”, pois com o BRT não teremos o problema da mobilidade urbana e a qualidade dos transportes públicos resolvidos, ou seja, continuaremos a estar sujeitos a má qualidade dos serviços, além do aumento da poluição com mais emissões de Co².

Por fim, não devemos aceitar o álibi que a Linha III se tornou desnecessária devido as trapalhadas que mudaram orientações do COMPERJ, pois sabemos muito bem que o governo do estado - e os seus cúmplices municipais - na verdade se curvou aos interesses do cartel empresarial FETRANSPOR em detrimento dos munícipes do Leste Metropolitano Fluminense.Nesse contexto,seria muito interessante os movimentos sociais urbanos mobilizarem ( ou seria ressuscitar?) o letárgico CONLESTE e o obscuro COMPUR/SG para exigir a linha de metrô no Leste Metropolitano Fluminense.

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