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O auxílio emergencial e o emprego na vida das pessoas

Por Marcello Azevedo

Desemprego e fome/Foto: Prefeitura de Caruaru
Desemprego e fome/Foto: Prefeitura de Caruaru

O Governo Bolsonaro anunciou o fim do auxílio emergencial para o mês de janeiro. Milhões de pessoas deixarão de receber a sua única forma de renda e com isso a ampliação da fome e da miséria no Brasil. Ao mesmo tempo que cancela o auxílio emergencial assistimos a crescente onda de desemprego, sub emprego e precarização da vida dos que vivem do seu trabalho. Na prática com o fim da ajuda federal pequenos negócios irão fechar pois é neles que os mais pobres compram e vai aumentar o desemprego.


As grandes empresas e os bancos continuam lucrando de forma recorde e tem apoio milionário do governo federal quando precisam. Isso mostra a opção do governo federal em ajudar somente quem menos precisaria de ajuda neste momento de pandemia.


A manutenção do auxílio emergencial devia se estender por mais tempo como foi feito nos Estados Unidos onde o auxílio foi mantido e ampliado. O atual governo sempre foi contra o atual auxílio de R$600,00. A ideia do governo era de R$300,00 e já teria acabado.

A precarização dos trabalhadores em aplicativos sem carteira e sem direitos vai cobrar a conta só do trabalhador. Não é a fantasia do empreendedorismo que tentam nos vender, na prática as pessoas estão apenas tentando sobreviver da melhor e honesta forma.


O povo quer trabalhar honestamente para viver com dignidade e não viver de auxílios como dizem os que tem o que comer todo os dias tranquilamente. As pessoas querem trabalhar em paz como dizia Renato Russo “Quero trabalhar em paz não é muito o que lhe peço, só quero um trabalho honesto ao invés de escravidão”.


Para superar a crise que vai se agravar com o fim do auxílio é fundamental uma política de geração de emprego e renda para a população. Geração de empregos depende de investimento público e privado. Precisamos de obras, indústrias, estradas e mais negócios. Sem auxílio emergencial e sem empregos infelizmente a tendência é o aumento da fome e da miséria do nosso povo. Quem tem fome tem pressa.

Marcello Rodrigues de Azevedo é Mestre em políticas públicas pela faculdade latino-americana de ciências sociais (FLACSO-BRASIL), Especialista em Economia do Trabalho pela Unicamp (CESIT-UNICAMP) e Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e professor do curso de pós graduação em comércio exterior da Universidade Estácio de Sá (UNESA).



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