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Universidade dos EUA cogita homenagear Paulo Freire no lugar de acadêmico racista

A Universidade de Columbia, em NY, pode renomear prédio de Educação em homenagem ao brasileiro. Professores e alunos são a favor


O educador Paulo Freire - Foto: Reprodução/TV UFMG
O educador Paulo Freire - Foto: Reprodução/TV UFMG

Em função da pressão social nos Estados Unidos para destruir símbolos racistas e homenagens feitas a figuras que consolidaram os pilares do preconceito na sociedade daquele país, a Universidade de Columbia, em Nova York, decidiu que o edifício da sua Faculdade de Educação não se chamará mais Thorndike Hall.


O nome era uma homenagem ao psicólogo Edward Thorndike, defensor da eugenia e conhecido por uma obra recheada de ideias racistas, machistas e antissemitas.


O que não se sabe ainda é qual será o novo nome, mas o de um brasileiro surgiu entre os favoritos: o do educador brasileiro Paulo Freire.

A ideia de que o edifício passe a se chamar Freire Hall conta com grande apoio da comunidade acadêmica de Columbia, o que ficou comprovado em uma carta assinada por centenas de professores e estudantes, direcionada ao conselho de diretores, para pressionar pela ideia de que Paulo Freire seja o nome escolhido.


O documento afirma, justamente, que Freire seria o nome ideal para substituir o do acadêmico eugenista, já que “o próximo homenageado precisa expressar os compromissos da universidade com seus valores”.


Para os professores e estudantes que promoveram a iniciativa, uma homenagem a Paulo Freire teria o peso simbólico de “mostrar que a missão da Universidade é fornecer um novo tipo de educação para os mais desfavorecidos, dedicado a ajudá-los a melhorar a qualidade de suas vidas cotidianas”. Também alegam que “a pedagogia promovida por Freire está intimamente alinhada com o compromisso de promover a equidade e a excelência na educação e superar a lacuna no acesso e desempenho educacional”.


A Universidade de Columbia é uma das mais prestigiadas universidades do mundo, e já teve dois ex-presidentes estadunidenses entre os seus alunos: curiosamente, Theodore Roosevelt (considerado um dos mais racistas da história do país) e Barack Obama (o primeiro presidente negro dos Estados Unidos).


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