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São Gonçalo marca presença na Festa Literária da Portela


Evento marcou forte integração entre artistas


Jordão Pablo de Pão, Ana Machado e Romulo Narducci ajudaram a organizar o evento

Nesses dias 20 e 21 de abril, o GRES Portela abriu alas para um dos eventos culturais mais gratificantes: a FLIPortela (Festa Literária da Portela). O evento que é parte de um projeto maior da Portela Cultural contou com participações de outros gêneros artísticos, como música e performance, por exemplo. No entanto, a literatura obteve destaque na organização — como convém à proposta dos seus articuladores. O Departamento de Cultura da Portela convidou a niteroiense Ana Machado, os gonçalenses Romulo Narducci e o Jordão Pablo de Pão para operarem na curadoria da Festa Literária. Além de trazer à cena portelense artistas, em grande parte nascidos na cidade de São Gonçalo, a escola mesclou pessoas de variados lugares, e isso proporcionou um espetáculo à parte.

De acordo com a professora universitária e pesquisadora Márcia Lisboa, da Faculdade de Formação de Professores (FFP-UERJ), o evento foi excelente. Em conversa com a idealizadora do projeto, Ana Machado, a professora Márcia perguntou sobre os escritores gonçalenses. Segundo Ana Machado que, aliás, tem apreço pela terra de papa-goiabas, parece que os escritores da cidade de São Gonçalo têm resistência em assumir essa ligação com o município de origem, uma pena, tendo em vista que provêm de São Gonçalo artistas ótimos. Ainda, segundo Márcia Lisboa, a FLIPortela serviu para conjugar afinidades, no intuito de construir possíveis parcerias em eventos junto ao Campus da FFP-UERJ.

Também ficou dito por um dos organizadores, e que é poeta gonçalense, professor, escritor e colunista do Diário da Poesia, Jordão Pablo de Pão, sobre a Portela possuir uma ligação há certo tempo com o município de São Gonçalo e adjacências, tendo inclusive durante uma época promovido o famoso Baile do Azul e Branco no Clube Mauá. Segundo Jordão, essa ligação histórica permitiu que os escritores do nosso município marcassem presença massiva na FLIPortela. Exemplo da participação dos autores residentes “do lado de cá da Baía de Guanabara” decorre da montagem da barraca em homenagem à Uma Noite na Taverna, grupo cultural que na época era liderado por Rodrigo Santos, Rômulo Narducci e Pakato, e segundo qual marcou a história cultural na cidade gonçalense. De modo geral, as pessoas que prestigiaram o evento puderam mergulhar na estética do samba e, além disso, estar em contato com literaturas de diversas frentes. Muitos tomaram café, almoçaram, lancharam e até jantaram na Portela — e tudo isso foi, sem sombra de dúvidas, “acarinhador”, ressaltou o nosso poeta e organizador Jordão.


Perguntei ao escritor e ativista cultural Bruno Black, que é da Zona Oeste, mas está sempre de olhos voltados para o nosso município: “Qual a sua percepção sobre essa parceria de São Gonçalo com a FLIPortela?” Em resposta, Bruno se mostra confiante no potencial da Festa Literária — e não deixou de notar a importância dos organizadores e poetas gonçalenses no evento. “Percebi uma integração total dos artistas gonçalenses com os de outros lugares, ou seja, não houve vaidades, tampouco ocorreram manifestações de egos inflados”, afirmou o poeta de Realengo. Para Bruno, a FLIPortela sem dúvida atingiu maior força que a Bienal do Rio de Janeiro, “por causa da sinergia que aconteceu lá”, emendou.

Cumpre ressaltar a realização das variadas contações de histórias e conversas com os autores representantes das editoras no espaço da Escola de Madureira, além da venda de produtos (camisas, chapéus, cordões, dentre outros), cuja temática do samba conjugou produtos de grupos culturais diversificados e ligados à Portela.

Enfim, a escola reconhecida como um dos baluartes no mundo do samba fez bonito com a FLIPortela, pois promoveu um evento sobretudo democrático. Salve, salve a Azul e Branco! Valeu mais uma vez por essa parceria com a nossa São Gonçalo.


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