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Brasileiros se unem em defesa da democracia contra Bolsonaro e o fascismo

‘Estamos Juntos’, ‘Somos 70 porcento’ e Basta! unem direita e esquerda inspirados no Movimento Diretas Já! dos anos 1980

As manifestações geraram confronto com os policiais/Foto: Divulgação
As manifestações geraram confronto com os policiais/Foto: Divulgação

Dois movimentos sociais e um manifesto de juristas, que unem direita, centro e esquerda, surgiram neste final de semana contra a escalada fascista e destruidora promovida pelo governo de Jair Bolsonaro, além de suas constantes ameaças contra a Democracia.


O movimento ‘Somos 70 porcento’ procura mostrar que os apoiadores de Bolsonaro são minoria, e repercutiu após debate na internet entre o economista Eduardo Moreira com o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR).


No Twitter, Eduardo Moreira anotou que “70% rejeitam aproximação ao Centrão (Datafolha); 70% acham Bolsonaro Péssimo/Ruim/Regular; 70% apoiam medidas de isolamento e mais de 70% sabem que a terra é redonda #Somos70porcento”, após pesquisa divulgada pelo DataFolha.


- A tendência é que esse movimento passe a se chamar ‘Somos 80 porcento’ nos próximos meses - profetiza Moreira, após dissecar a pesquisa publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.


No sábado (30/5), a campanha #Somos70porcento ficou entre as hashtags mais comentadas no Twitter. Celebridades, intelectuais e políticos têm se manifestado nas redes sociais, como a Rainha dos Baixinhos Xuxa Meneguel, que fez postagem em alusão ao movimento no Twitter e Instagram:

A campanha de Moreira, inclusive, virou slogan em protestos a favor da democracia no Brasil, organizados neste domingo (31) em São Paulo e Rio. A hashtag #Somos70PorCento foi usada para marcar no Twitter os vídeos e fotos da manifestação de torcidas organizadas na Avenida Paulista nos atos anti-fascistas e para denunciar a truculência e a proteção policial a bolsonaristas que empunhavam bandeiras em alusão ao nazismo.

Outro movimento surgiu com um manifesto com o título “Estamos Justos” e foi lançado neste fim de semana com publicação nos principais jornais do país.


O documento reúne mais de 2.000 signatários em defesa da vida, da liberdade e da democracia no Brasil, condenando o projeto autoritário e golpista de Jair Bolsonaro e família. O manifesto inclui artistas, políticos, músicos, jornalistas, esportistas, juristas e outros.


O “Estamos Juntos” abarca um amplo espectro político e ideológico e se inspira no movimento pelas “Diretas Já”, desde ex-apoiadores da extrema-direita até pessoas de esquerda e centro. Entre os signatários estão nomes como Luciano Huck (apresentador de TV), Flávio Dino (governador do Maranhão), Fernando Haddad (candidato presidencial do PT em 2018), Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente), Fernanda Montenegro (atriz), Antonio Fagundes (ator), Marcos Nanini (ator), Paulo Coelho (escritor), Fernando Meirelles (cineasta), Oded Grajew (empresário), Luiza Erundina (deputada PSOL), Maria Alice Setúbal (educadora e acionista do Itaú), Cristovam Buarque – ex-senador (PPS), Jean Willys (ex-deputado Psol), Nelson Jobim (ex-presidente do STF), Celso Lafer (ex-ministro das Relações Exteriores do governo FHC), Tostão (ex-jogador de futebol e comentarista esportivo), Walter Casagrande (ex-jogador de futebol e comentarista esportivo), Vahan Agopyan (reitor da USP), Marcos Palmeira (ator), Eliane Brum (jornalista), João Paulo Capobianco (SOS Mata Atlântica), Frei Betto (escritor), Lobão (cantor e composiotor) -, entre outros.


O manifesto diz que “como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias (não só a família dos milicianos), o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e a responsabilidade na economia”.


Basta!

Em outro manifesto, publicado neste domingo (31/5) como informe publicitário em uma página inteira de jornal impresso, Juristas brasileiros acusam Jair Bolsonaro (sem partido) de “arruinar com os alicerces” do sistema democrático. O grupo se apresenta como “profissionais do direito, dos mais diferentes matizes políticos e ideológicos”. 


Junto ao texto foi disponibilizado um abaixo-assinado na plataforma Charge.org, e até a manhã desta segunda, mais de 22 mil pessoas já tinham assinado o documento eletrônico.


O manifesto na íntegra e o abaixo-assinado pode ser acessado AQUI.


“Fora, Bolsonaro”

No último dia 21, mais de 400 entidades da sociedade civil entregaram ao presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o primeiro pedido coletivo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.


Contra o mandatário pesam acusações de crimes de responsabilidade – como discursos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a convocação para empresários atacarem governadores -, atentado contra a saúde pública – como bloqueios na compra de respiradores e equipamentos de proteção – e comportamento que oferece risco à vida do povo – apoio ao grupo paramilitar instaurado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, por exemplo.



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