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Põe a enchente na conta de Mulim



A cidade de São Gonçalo sofre há anos com alagamentos e enchentes crônicas em áreas mais que conhecidades de todos. Não por acaso, essas áreas abrangem as bacias dos dois rios mais importantes de São Gonçalo, o Imboaçu e o Alcântara. Ainda está fresca em nossa memória aqueles tristes dias de abril de 2010, quando as chuvas que castigaram o município ceifaram 17 vidas e deixaram mais de 3 mil pessoas sem casa, principalmente nos bairros do Engenho Pequeno, Boaçu, Boa Vista, Jardim Catarina, Alcântara e Nova Grécia.

Desta tragédia surgiu uma oportunidade real para resolverrmos de vez o problema das enchentes em períodos de chuvas de verão: dois grandes programas de recuperação, desassoreamento e drenagem dos rios Imboaçu e Alcântara bancados pelo governo federal, via Ministério das Cidades, com projeto executivo elaborado pelo Instituto do Ambiente (INEA) do governo estadual.

O projeto era ambicioso, e previa a realocação de moradores das áreas de risco através de indenizações ou pela inclusão no programa Minha Casa Minha Vida. Nas margens dos rios seriam construídas ciclovias para evitar a reocupação do solo, além de fazer funcionar (finalmente) a rede de esgoto construída ainda nos anos 1990 dentro do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG) e a usina de tratamento no bairro do Boa Vista. Uma beleza, não é mesmo?

O projeto do Imboaçu teve início em dezembro de 2012, com um fim melancólico no início de 2014 sem ter ao menos finalizado 50% das obras. Para o Alcântara houve abertura de edital mas não foram finalizadas as licitações. Os dois projetos caíram no esquecimento. E o que eles têm em comum? A total falta de interesse do prefeito Mulim pelas obras; obras que já tinham previsão orçamentária.

Se não bastasse a omissão do prefeito frente a esses dois grandes projetos que, repito, resolveriam de uma vez por todas os problemas das enchentes em São Gonçalo, não vimos nesses anos providências mínimas como limpeza de bueiros, coleta e destinação decente do lixo e muito menos monitoramento e fiscalização contra a ocupação ou intervenção irregular do solo.

Depois me perguntam porque faço oposição...

Alexandre Gomes é vereador.

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