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Assassinato de João Pedro completa dois anos sem solução

Três policiais são réus pelo crime. Mãe clama por Justiça

 Rafaela, mãe de João Pedro, clama por justiça dois anos após crime/Foto: Reprodução
Rafaela, mãe de João Pedro, clama por justiça dois anos após crime/Foto: Reprodução

Em 18 de maio de 2020 o adolescente João Pedro de Matos Pinto, 14 anos, foi baleado e morto dentro da casa de familiares, no bairro de Itaoca, em meio a uma operação da Polícia Civil para prender Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó.


Investigações da Polícia lideradas pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) chegaram a três policiais civis apontados como responsáveis pela morte do adolescente: Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister são réus por homicídio qualificado, na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.


A gente continua na mesma. Essa questão de viver o luto continua porque fica essa espera por justiça. Claro que tivemos conquistas grandes, como que o Ministério Público fizesse o papel dele de denunciar e agora estamos aguardando a Justiça se manifestar”, afirmou Rafaela Coutino Matos, mãe de João Pedro, em entrevista concedida ao jornal A Tribuna.



Na mesma entrevista, Rafaela disse que continua recebendo apoio apenas dos profissionais da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) que acompanham a família desde o crime. Uma das críticas feitas por ela é que, mesmo depois de tanto tempo, sequer a audiência de instrução do processo foi realizada. Os acusados respondem em liberdade.


A defesa dos acusados, por sua vez, tenta provar que os agentes estariam em perseguição a criminosos que teriam se escondido na casa onde o jovem estava na companhia de parentes e que os policiais foram atacados de dentro da residência.


O MP afirma que os acusados tentaram de modo fraudulento mudar o local do crime com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos.


A denúncia oferecida à 4ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo (Tribunal do Júri), descreve que o crime foi cometido por motivo torpe, pelo fato de os denunciados presumirem haver criminosos no local, pretendendo agir ofensivamente para matá-los mesmo sem que houvesse, de fato, qualquer reação armada ou resistência à sua atuação, e com o emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que, os denunciados, além de haverem ingressado inesperadamente no terreno do imóvel onde se encontrava a vítima, com irrestrita superioridade de meios e recursos.

 

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