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Giro de notícias pelo mundo - por Felipe Rebello

Protestos no Cazaquistão deixam centenas de mortos e milhares de feridos

Foto:G1
Foto:G1

Os protestos iniciados no dia 02/01, contra o aumento do preço do gás, vêm perdendo força nos últimos dias, mas deixa um saldo trágico de aproximadamente: 225 mortos; 2.600 feridos e 12.000 presos.


O Cazaquistão é uma ex-república soviética que goza de uma grande estabilidade política aliada à um modelo de governo rígido e centralizado, nos moldes soviéticos. Além disso, é o país mais poderoso da Ásia Central, sendo rico em recursos naturais como gás, petróleo, minérios e urânio. Todavia a distribuição de renda é parca, havendo uma pequena elite de bilionários e uma grande massa subvalorizada, portanto quando houve o anuncio de aumento do preço do gás eclodiram protestos em Almat, capital financeira do país.

O governo à princípio agiu de modo diplomático, demitindo ministros e burocratas, mas, vendo as tensões se acirrarem, mudou de tática, dando carta-branca para seus militares abrirem fogo contra os manifestantes que foram taxados de terroristas. O caos se instaurou, com prédios públicos sendo incendiados, aeroportos fechados e comércios saqueados. Mas a população não pôde resistir ao massacre imposto pelo governo, que contou com apoio dos aliados russos, que enviaram militares paraquedistas.


Corrida eleitoral em Portugal

Foto: AP Photo/Armando Franca
Foto: AP Photo/Armando Franca

A corrida eleitoral para o legislativo português começou oficialmente neste domingo (16/01) em meio as restrições e regras de distanciamento devido a pandemia do coronavírus. A projeção de aumento das internações devido a variante ômicron, cria a expectativa de que as eleições sejam adiantadas do dia 30 para o dia 23 de janeiro.


Já no campo partidário pouca coisa deve mudar. A expectativa é que o Partido Socialista (PS) do jurista de 60 anos, Antônio Costa, vença novamente com facilidade, reafirmando o campo de centro-esquerda que se mantém no poder desde 2015. Enquanto isso o ex-prefeito do Porto e economista, Rui Rio, de 64, deve seguir como a segunda força no parlamento português, fazendo a oposição de centro-direita através do Parido Social Democrata (PSD).

O desafio do Partido Socialista (PS) será conseguir a maioria absoluta, para não depender de alianças com partidos nanicos da extrema-esquerda. A extrema-direita e os liberais devem crescer e se igualar a extrema-esquerda em número de representantes, mas nada que perturbe a hegemonia moderada PS x PSD.


Alexei Navalny há 1 ano na prisão


Foto: DW
Foto: DW

Vamos relembrar o caso: Navalny é um ativista político, blogueiro e opositor ao presidente russo Vladimir Putin. Em agosto de 2021 o ativista foi envenenado com novichok, uma série de agentes nervosos desenvolvidos pelo serviço secreto da União Soviética. Navalny acusou o Kremlin pelo ataque enquanto se recuperava na Alemanha, mas já em 17/01/2021 ele resolveu voltar para Rússia, onde foi preso e condenado há 3,6 anos de prisão, por suposta fraude, mas para os governos ocidentais e organizações de direitos humanos, não há dúvida de se tratar de uma prisão política.

Após o caso Navalny, iniciou-se um processo de perseguição de opositores nunca antes visto na Rússia moderna.


Ucrânia acusa a Rússia de cyber-ataque


Reprodução Internet
Reprodução Internet

O Centro de Comunicações Especiais do Estado Ucraniano disse ver indícios das técnicas de ação russa no ataque que derrubou mais de 70 sites do governo ucraniano. A acusação, que aconteceu no último dia 15, é mais um capítulo da crescente tensão na fronteira russo-ucraniana resultante da guerra iniciada em abril de 2014. Os conflitos se iniciaram quando regiões ucranianas de maioria étnica russa se levantaram em oposição a aproximação do país com a União Europeia em detrimento das relações com a Rússia. Os protestos evoluíram até uma guerra-civil no leste do país que perdura até os dias de hoje.


Crise no Reino Unido, governo Boris Johnson pode cair


Grupo protestou contra o primeiro-ministro britânico Boris Johnson Foto: Reprodução/Redes sociais
Grupo protestou contra o primeiro-ministro britânico Boris Johnson Foto: Reprodução/Redes sociais

A crise se instaurou quando foram descobertas as diversas festas que o primeiro-ministro do Reino Unido teria dado em seu gabinete, na Downing Street nº10, durante a pandemia, enquanto comércios estão fechados e duras restrições limitam a locomoção pelo país devido à variante ômicron. Boris Johnson se desculpou e tentou se explicar, dizendo se tratar de trabalho e prometeu que combateria as festas, mas não surtiu grande efeito.


Manifestantes protestaram usando a máscaras com a face do primeiro-ministro. Enquanto isso, a oposição do Partido Trabalhista pede sua renúncia imediata. Em uma tentativa desesperada de agradar os conservadores, o premiê chegou a cortar verbas da BBC, tida como progressista.


Novak Djokovich tem o visto cancelado e é deportado da Austrália


Reprodução Internet
Reprodução Internet

O sérvio que por nove vezes venceu o Australian Open, não teve a oportunidade de defender seu 10º título, uma vez que os juízes do Tribunal Federal da Austrália mantiveram a decisão do Ministro da Imigração, que considerou o tenista um risco à saúde pública, uma vez que este não apresentou o comprovante de vacinação contra o COVID-19 antes de entrar no país. Portanto seu visto foi cancelado e este será deportado de volta para Sérvia. O presidente sérvio, Aleksandar Vučić, criticou o que definiu como “uma caça às bruxas”.


Referendo para despolitização do judiciário é aprovado na Sérvia


Apesar da baixa adesão, o povo sérvio aprovou o referendo de mudança constitucional que, dentre outras coisas, criou mecanismos para barrar a infiltração política no judiciário, tido como tendencioso e corrupto.

Contudo o referendo fez crescer a tensão entre o Cosovo e a Sérvia, uma vez que a ex-república iugoslava tentou impor a realização do referendo na região cossovar, ao não reconhecer sua independência, o que gerou reações diplomáticas.


Vulcão entra em erupção no Oceano Pacífico e gera tsunamis


Foto: Reuters
Foto: Reuters

A erupção do vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Haa'pai ocorreu no último dia 15 bem próximo da costa de Tonga, pequeno país insular do Pacífico. Os cerca de 100mil habitantes do arquipélago estão isolados e sem acesso à internet, uma vez que o país está coberto de cinzas vulcânicas. Austrália e Nova Zelândia tentam fazer voos de reconhecimento, mas ainda não há muitas informações de mortos e feridos.

As ondas gigantes foram sentidas por todo pacífico, atingindo até mesmo o Japão e os Estados Unidos. No Peru os mares bravios mataram duas pessoas.

 

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Felipe Rebelo é professor de História e psicopedagogo.






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