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Quem nos faz um Mundo melhor? Por Oswaldo Mendes



Morro da Matriz, servido por projeto de reflorestamento do Remoma/Foto: Divulgação
Morro da Matriz, servido por projeto de reflorestamento do Remoma/Foto: Divulgação

Idos de 1970 a população quando tinha uma demanda buscava fazer uma “lista de desejos” com os Moradores da Região e entregavam a um Político ou Cabo Eleitoral, sendo muito bem dividido entre as bancadas do antigo MDB e ARENA, respectivamente Movimento Democrático Brasileiro e Aliança Renovadora Nacional, esta conservadora e ligada ao Poder Central e logicamente a Militares. Existiam os intocáveis – filho de fulano e sicrano.

Na verdade a consciência de saber o que é direito e o que é dever nunca foi devidamente explicado à população, por motivos óbvios: a partir que seja entendido advirá cobranças e perda de Poder.


Os que querem assumir prometem, mas ao sentar na cadeira preferem, como os antecessores, “cozinhar o galo velho em fogo bem baixo”. E a roda gira. O tempo passa. Mas as mudanças são irremediáveis.


Com a abertura política, a qual alguns ainda são contra, a população foi chamada a participar dos processos com maior atividade: Ser Cidadão. Ser Cidadã.


Em função do grande período de repressão a cultura, política e pensamentos e em função da baixa escolaridade muitos interpretam como favor o que é obrigação. O Serviço Público é para dar retorno à População dos Impostos pagos e de forma obrigatória e não para enriquecer quem dele se locupleta.


Quantos casos de pessoas que de uma hora para outra ascenderam financeiramente na vida após assumir um cargo ou participar de uma licitação quase pública?


A maior necessidade de controle social e também da sua participação adveio inicialmente pelas Associações de Moradores, as quais tiveram um período de alto estímulo no período de Brizola. Lembramos da ONG UNIVERDE em seu trabalho com as questões ambientais do município e também do CEBA – Centro de Estudos Brasil - África do saudoso Professor Jorge e da minha querida professora Mathildes. Era o Terceiro Setor já iniciando os primeiros passos.


Certamente existiram outras atividades e organizações no passado como a Associação dos Homens Pretos, fundada pelo ex-deputado Federal do Partido Comunista Brasileiro Claudino José da Silva - o qual é desconhecido pela cidade e também pela história - e até mesmo a conhecida Gafiera Manacá, isto na Rua São João, em Niterói.


Os Políticos Profissionais, muitos que viviam sobre a manta dos impostos pagos pela população, vendo que as Associações de Moradores eram um entrave face a perda de Poder, buscaram desclassificar as atividades ou assumir as ditas Associações de Moradores.


Não há como deixar de lembrarmos de ativistas que buscaram melhorias para a cidade, dente elas: o saudoso Zé Carlos Nascimento, do Nosso Pedaço; a ONG AMASG – com o nobre Valdo Barros, Peres e Newton Ferreira e também o incansável Sr. João – da federação. Sem eles, que cederam tempo de suas vidas e afastamento da família, os quais conseguiram muito para a cidade em troca de inimigos pessoais, acreditem que a cidade seria bem pior. Saudoso Preto-Louro. O interessante é que as pessoas se doam para a sociedade e a sociedade os esquece.


Em suma, há ONG’s e ONG’s. É como a vida: sempre há o joio junto ao trigo. Precisa ter sabedoria e também interesse para saber separar.


O REMOMA também faz um trabalho excepcional na cidade. Quem olha ao fundo da Igreja de São Gonçalo vê uma parte desse trabalho. De forma mais descentralizada e também com ótimos trabalhos na cidade é o Grupo São Gonçalo mais Verde, o qual planta árvores nativas nas ruas e tem como referencial a Avenida Imboaçu com um lindo trabalho.


Nunca deixaríamos de citar o Instituto Histórico e Geográfico de São Gonçalo, União dos Trovadores e AGLAC – Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências pelo belo trabalho que perpassa muito tempo.


Em tempos de eleição aparecem neste período um monte de pessoas cobrando ou com ideias maravilhosas, mas após as citadas eleições desaparecem só retornando no próximo período eleitoral – iguais a cometas.


Muitos invisíveis tentaram e fizeram algo pela cidade sem retorno financeiro. A grande maioria aqui não foi sequer citado, mas fica nosso apreço e a certeza de que sem esses desconhecidos o Mundo seria bem pior.

Oswaldo Mendes é engenheiro.



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