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Um sambista na Aglac?

Compositor da Porto da Pedra, poeta e escritor, Paulinho Freitas, pode ser anunciado como novo imortal da Academia


Por Cláudio Figueiras

Paulinho Freitas/Foto: Acervo Pessoal
Paulinho Freitas/Foto: Acervo Pessoal

No próximo dia 28 de abril a Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (Aglac), a nossa ABL papa-goiaba, empossa quatro novos imortais: os escritores Erick Bernardes, Zé Salvador e Caetano Tropiano, além do pastor Claudio Joaquim.


A solenidade de posse, primeiro evento presencial promovido pela Academia após a pandemia de Covid-19, será no ICBEU, casa do saudoso e também imortal Prof. Helter Barcelllos, falecido em janeiro de 2021.


Há enorme expectativa de que durante a cerimônia sejam anunciados outros seis imortais já inscritos no processo interno de escolha da entidade que, dentre alguns critérios, avalia a relevância artística, social e cultural do candidato em São Gonçalo.


E um dos concorrentes a um dos assentos vitalícios na Aglac é o sambista-raiz, compositor da Porto da Pedra, músico, poeta e escritor Paulo Vieira de Freitas, ou simplesmente Paulinho Freitas, como é conhecido na cidade, mas principalmente no mundo do samba. Seu nome está fortemente cotado para assumir uma das cadeiras vagas da Academia.



Credencial o cara tem. Em junho de 2020, Paulinho foi um dos protagonistas da “série de bambas” do Carnaval escrita pelo também sambista e colunista do Jornal Daki, Oswaldo Mendes. Um verdadeiro portfólio artístico e cultural do autor de Coisas do Tigre: bastidores de uma eliminatória (2020), coletânea de histórias não-ficcionais vividas na Escola de Samba publicada pela Editora Apologia Brasil.


Ter o Paulinho na Aglac será um luxo. De um simbolismo enorme para uma cidade majoritariamente negra e para a própria Academia, que tem nas mãos a chance de se reinventar e sinalizar para artistas e intelectuais do samba e do Rap (Hip-Hop), principalmente, que a instituição está antenada às 'gonçalidades' fora da cultura mainstream. Isso é um passo importante para reafirmarmos nossa identidade que há muito está em crise”, disse Helcio Albano, jornalista e editor do Daki, entusiasta do #PaulinhoFreitasNaAglac, campanha criada nas redes sociais em apoio ao sambista.


Além de Paulinho Freitas, especula-se nos bastidores que o nome do festejado escritor Rodrigo Santos, autor de Macumba e Carcará, entre outros livros, também deva ser anunciado como imortal. Ele é responsável pelo maior e mais longevo evento literário em São Gonçalo, o Uma Noite na Taverna.


Santos, gonçalense do Jardim Catarina, é considerado um dos maiores escritores brasileiros da atualidade.

 

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