top of page

Feminista processada por chamar Erika Hilton de homem se pronuncia

A declaração está no centro de um processo movido por Hilton, após Isabella Cêpa ter publicado, em 2020, que 'a mulher mais votada é homem' nas eleições municipais em São Paulo.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A militante feminista Isabella Cêpa afirmou, em entrevista ao programa Contexto Metrópoles nesta terça-feira (12/8), que considera legítimo o direito de não reconhecer mulheres trans, como a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), como mulheres. Para ela, essa opinião não configura violência ou transfobia. A declaração está no centro de um processo movido por Hilton, após Cêpa ter publicado, em 2020, que “a mulher mais votada é homem” nas eleições municipais, quando a parlamentar foi eleita vereadora em São Paulo.


Durante a entrevista, Cêpa, que se identifica como feminista radical, disse que “não entra na cabeça” considerar tal fala violenta e defendeu que cada pessoa possa usar “a linguagem que quiser”. Segundo ela, a Procuradoria-Geral da República reconheceu que se trata de manifestação legítima de crença política. O procurador-geral Paulo Gonet, em manifestação no STF, afirmou que as declarações não configuram crime de homofobia e estão protegidas pela liberdade de expressão.


A ativista também argumentou que a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, que equiparou a homofobia ao crime de racismo, não tipificou a transfobia como crime de forma formal no Código Penal. Para Cêpa, é necessário que o Congresso defina o tipo penal. “Não pode ser: ‘Não gostei do que você falou, é transfobia’. O crime precisa estar claro na lei”, disse. Ela vive atualmente em um país do Leste Europeu, onde recebeu status de refugiada.


A corrente teórica defendida por Cêpa sustenta que mulheres trans não compartilham da mesma experiência de opressão que mulheres cisgênero, o que, segundo ela, pode diluir pautas feministas e impactar a segurança de espaços exclusivos para mulheres. A deputada Erika Hilton e seus representantes não se manifestaram sobre as declarações concedidas no programa até a última atualização desta reportagem.


*Com informações DCM


Nos siga no BlueSky AQUI.

Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.

Entre no nosso grupo do Telegram AQUI.


Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.

Comentários


POLÍTICA

KOTIDIANO

CULTURA

TENDÊNCIAS
& DEBATES

telegram cor.png
bottom of page