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Jeanine Áñez e milicos são condenados na Bolívia por golpe contra Evo Morales

Añez, que se autoproclamou presidenta após golpe, foi condenada a 10 anos. Dois ex-comandantes das Forças Armadas, chefe do Estado Maior e ex-comandante da polícia também foram sentenciados

Evo e Áñez/Foto: Reprodução
Evo e Áñez/Foto: Reprodução

Fórum - A ex-senadora Jeanine Áñez foi condenada a 10 anos de prisão pelo Tribunal Anticorrupção da Bolívia pelo golpe de estado contra Evo Morales em 2019. Além dela, o ex-comandante das Forças Armadas, Williams Kaliman, e o ex-comandante-geral da Polícia, Vladimir Calderón, também foram condenados com a mesma pena.


Outros quatro militares da cúpula das Forças Armadas do país receberam penas menores, mas foram responsabilizados pelo golpe: o também ex-comandante das Forças, Jorge Elmer Fernandez (4 anos); o chefe do 3º Departamento das Forças Armadas, Sergio Orellana Centellas (4 anos); o ex-comandante do Exército, Pastor Mendieta (3 anos); e o ex-chefe do Estado Maior, Flavio Gustavo Arce (2 anos).



"Desta maneira, o povo boliviano dá um passo mais na busca da Justiça pelos lamentáveis feitos ocorridos na gestão de 2019, quando se propôs uma ruptura constitucional que resultou em uma crise social e política com violações constantes aos direitos humanos e massacres", diz nota divulgada no fim da noite desta sexta-feira (10) pelo Ministério do Governo da Bolívia.


"Os oportunistas que abraçaram os golpistas nos culpam pelo fracasso de sua gestão. Repetem o discurso da direita que com a guerra suja pretende acusar Evo de todos os conflitos para dividir o MAS. O povo tem memória. Diante de seus ataques, permanecemos unidos e fortalecidos", tuitou Evo na tarde desta sexta.


Também antes da sentença, Añez, que se autoproclamou presidenta logo após o golpe, foi às redes e reclamou do "simulacro" de julgamento.


"Me foi negado o direito de estar presente no meu próprio julgamento, se é que assim se pode chamar esse simulacro. Eles me negaram tudo e me trataram pior do que ninguém, mas eu fui, sou e serei a Presidente Constitucional que assumiu seu dever após a fuga do covarde", tuitou Añez.

 

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