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Ucrânia reporta 57 mortes; Rússia diz que Ocidente ignorou por 8 anos ‘um mar de sangue’

Ministro ucraniano alega que hospitais e trabalhadores da saúde também teriam sido alvo de ataques nesta quinta


Foto: Anatolii Stepanov/AFP
Foto: Anatolii Stepanov/AFP

Carta Capital - O ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, afirmou que 57 pessoas morreram e 169 ficaram feridas no primeiro dia de operação militar da Rússia em território ucraniano.


Lyashko alegou, em entrevista à TV 1+1, que hospitais e trabalhadores da saúde também teriam sido alvo de ataques nesta quinta-feira 24, inclusive em Donetsk, no leste da Ucrânia.


Enquanto isso, o governo de Vladimir Putin insiste em defender sua decisão de lançar uma operação contra a Ucrânia.


Em entrevista à emissora Russia Today na tarde desta quinta, a ministra russa de Relações Exteriores, Maria Zakharova, declarou que o Ocidente ignorou por oito anos o “mar de sangue” em Donbass, onde ficam Lugansk e Donestk – áreas cuja independência Putin reconheceu nesta semana.


“A Rússia não cometeu nenhum tipo de agressão”, reforçou Zakharova. “Isso não começou ontem. Há um mar de sangue que apareceu nos últimos oito anos”, prosseguiu, em referência ao conflito nas regiões de Donetsk e Lugansk.


O governo da Rússia se disse disposto, nesta quinta 24, a negociar os termos de uma trégua em sua operação militar deflagrada contra a Ucrânia. O comunicado foi apresentado pelo secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov.


De acordo com o funcionário do governo russo, o presidente Vladimir Putin defende discussões sobre o fim da operação com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sob duas condições: a garantia de um status de neutralidade da Ucrânia – ou seja, fora da aliança militar do Ocidente, a Otan – e a promessa de não contar com a instalação de armas em seu território.




O Kremlin argumenta que as condições permitiriam o que considera a “desmilitarização” e a “desnazificação” da Ucrânia – isso, na visão do governo de Putin, reduziria a percepção de ameaças à segurança da Rússia.


“O presidente formulou sua visão do que esperamos da Ucrânia para que os problemas sejam resolvidos: um status neutro e a recusa em implantar armas”, disse Peskov.


O responsável pelo contato do Kremlin com a imprensa também afirmou que caberá a Putin determinar o timing das negociações, mas adiantou que o presidente russo só iniciará as tratativas “se a liderança da Ucrânia estiver pronta para falar sobre isso”.


Também nesta quinta, Putin declarou a empresários que seu governo não tinha outra opção para defender o território do país além do lançamento de tropas contra a Ucrânia.


“O que está ocorrendo atualmente é uma medida forçada, já que não nos deixaram nenhuma outra forma de proceder”, argumentou o presidente.


Ele insistiu ter sido “obrigado” a tomar uma decisão no âmbito militar e alegou que “não tinha como agir diferente".


Segundo Putin, tentativas do Kremlin de resolver o impasse na Ucrânia foram ignoradas. Ele se refere, por exemplo, à demanda russa para que o país vizinho não integre oficialmente a Otan.

 

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