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Um em cada três brasileiros não tem comida suficiente em casa, diz Datafolha

O índice subiu de 26% em maio para 33% em julho. A maioria diz que pretende votar em Lula


Foto: Reprodução/TV Globo
Foto: Reprodução/TV Globo

Carta Capital - O Datafolha revelou que um em cada três brasileiros declara não ter quantidade suficiente de comida em casa para alimentar a família. A informação foi divulgada nesta terça (2 ) pelo jornal Folha de S. Paulo.


O levantamento aponta um aumento no percentual de pessoas que têm menos comida do que o suficiente em casa. De maio até julho, o índice subiu de 26% para 33%. Ao mesmo tempo, diminuiu a quantidade de brasileiros que relatam ter comida suficiente, de 62% em maio para 55% em julho.


A quantidade de pessoas que não têm comida suficiente é maior entre mulheres (37%), famílias com renda de até dois salários mínimos (46%), autodeclarados como pretos (40%) e residentes da região Nordeste (42%).


Segundo o estudo, 45% dos que dizem não ter comida suficiente pretendem votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros 32% votam em Ciro Gomes (PDT) e 12% no presidente Jair Bolsonaro (PL).


A pesquisa também mostrou que 17% dos dos entrevistados estão em famílias que, nos últimos meses, venderam algum bem ou objeto de valor para comprar alimentos e itens básicos de supermercado. O contingente vai a 32% entre desempregados, 27% entre famílias beneficiárias do Auxílio Brasil e 24% entre os mais pobres.




Conforme mostrou Carta Capital na segunda (1º), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (MT), minimizou as filas da fome em Cuiabá e disse que os moradores receberam ossos de “qualidade”.


Segundo Mendes, que tem apoio de Bolsonaro para se reeleger, os ossos doados às famílias carentes dão “um prato delicioso” e são consumidos como “ossobuco”, um prato tradicional na Europa.


“A gente fala ossinho, pelo amor de Deus. Vou até convidar, se vocês quiserem, para a gente ir lá ver qual que é a qualidade desse ossinho“, declarou o governador, após questionamento de Carta Capital, em 7 de julho.


“O ossinho que ele dá há quase 15 anos lá, você come em restaurante como ossobuco”, declarou. “Você compra no melhor mercado aqui de Cuiabá ou do Brasil aquele mesmo produto. A maioria dos açougues de Cuiabá vendem aquele produto, pega o osso, pega a costela, com pouca carne, pega a suan do boi, corta, pica aquilo e vende.”


No Brasil, estima-se que 33 milhões de pessoas estejam passando fome. O número representa aumento em relação a 2020. Mais da metade da população sofre algum tipo de insegurança alimentar, segundo a Rede Penssan.

 

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