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É seguro? Câmara debate retorno presencial às aulas em audiência nesta segunda (22)

De um lado, o governo Nelson Ruas que defende as aulas presenciais, de outro, os trabalhadores, que querem ser vacinados primeiro


Por Cláudio Figueiras

O vereador Josemar (esquerda) defende a vacinação como condição para o retorno ao trabalho. Já seu colega Felipe Guarany defende posição do governo/Foto: Reprodução TV Câmara
O vereador Josemar (esquerda) defende a vacinação como condição para o retorno ao trabalho. Já seu colega Felipe Guarany defende posição do governo/Foto: Reprodução TV Câmara

A Comissão de Educação da Câmara de Vereadores promove nesta segunda (22), às 15 horas, audiência pública que irá debater os impactos humanos e sanitários do retorno às aulas presenciais em São Gonçalo, que teve início, de modo híbrido - e sob protestos dos profissionais de ensino - no dia 08 de março.


Os interessados poderão acompanhar a audiência, ao vivo, pela TV Câmara no Facebook e no YouTube.


A presença de público está vetada devido às medidas restritivas de contenção à infecção pelo coronavírus. A casa legislativa passou por um surto de contaminação entre assessores parlamentares nas últimas duas semanas.


"Duelam", contra e a favor da tese das aulas presencias, os vereadores Prof. Josemar (PSOL) e Felipe Guarany (PRTB), que preside a Comissão e defende o posicionamento do governo Nelson Ruas (PL), de funcionamento híbrido das 116 escolas do município, que reabriram com 50% da capacidade.


- Entendemos que o retorno presencial às escolas deve ocorrer após concluída a vacinação em massa dos profissionais de ensino e de toda comunidade escolar. Todas as experiências de reabertura presencial foram trágicas, tanto no Brasil quanto no exterior. É uma temeridade expor esses trabalhadores à infecção e à morte neste momento de recrudescimento da pandemia. E não podemos ignorar que tanto o governo federal quanto o estadual, já sinalizaram que vão colocar esse grupo no topo das prioridades de imunização contra a Covid-19. O que devemos fazer é cobrar agilização na compra de vacinas e vacinar o quanto antes as pessoas - disse Josemar.


Nesta semana o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu ao Ministério da Saúde a inclusão dos profissionais de ensino no grupo prioritário de vacinação para agilizar retorno seguro às aulas presenciais. Antes, no dia 12 de março, o governador em exercício Cláudio Castro (PSC) já havia sancionado norma no mesmo sentido em âmbito estadual.


A Secretaria de Educação (Semed) defende o retorno presencial escorada em protocolos de segurança criados pela própria Pasta e baseada em relatório da Organização Mundial da Saúde de setembro de 2020, que aponta supostos malefícios psicológicos em crianças e adolescentes que estão fora da escola cumprindo isolamento social.


Os professores estão em "Greve pela vida" desde 28 de janeiro, e só retomam o trabalho presencial depois da comunidade escolar vacinada. Os profissionais que aderiram ao movimento continuam trabalhando de modo remoto.


Na mesa da audiência, além dos parlamentares citados, estarão a controversa secretária de Educação, Lícia Damasceno, o líder do Governo na Câmara Jalmir Junior (PRTB) e os vereadores Jorge Mariola (Podemos) e Bruno Porto (Cidadania).


A dirigente do sindicato dos profissionais de ensino (SEPE), Maria Nascimento, representará os trabalhadores e, Gabriel Figueiredo, o interesse das escolas privadas.

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