Ministro demite policial que matou estudante em abordagem em rodovia do Rio
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Ministro demite policial que matou estudante em abordagem em rodovia do Rio

Veículo que estava a estudante e o marido foi atingido por sete tiros de fuzil

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, demitiu o policial rodoviário federal Thiago da Silva de Sá, que matou a estudante de enfermagem Anne Caroline Nascimento Silva e feriu outra mulher durante uma abordagem no Rio de Janeiro, em 2023.

A justificativa pela demissão de Thiago foi por ele ter cometido infrações disciplinares ao violar o dever de observar normas legais e regulamentares e "praticar ofensa física, em serviço, a particulares". 


Anne Caroline e o marido voltavam de carro de uma comemoração em um restaurante, quando passaram a ser perseguidos pelos policiais. Em depoimento, o marido afirmou que antes que houvesse qualquer ordem de parada, o policial atirou. 

A decisão do ministro da Justiça seguiu a recomendação da corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, que após investigação defendeu a demissão de Sá. Ele já não faz parte dos quadros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) desde a publicação da portaria, mas ainda pode recorrer da decisão, tanto administrativamente quanto na Justiça.


Sá fazia parte de uma equipe de quatro agentes da PRF que abordou o carro que Anne estava com o marido. A abordagem aconteceu na Rodovia Washington Luís, no Rio. Sete tiros de fuzil atingiram o veículo e dois disparos acertaram a estudante de enfermagem, que chegou a ser encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. 

Um dos tiros atingiu ainda outro carro que passava na hora da abordagem. A diarista, Claudia dos Santos, foi ferida no peito mas se recuperou. A investigação apontou que todos os tiros foram disparados por Thiago, por isso, a corregedoria da PRF recomendou a demissão apenas para ele. 


Em abril do ano passado, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Federal e tornou os quatro policiais réus pela morte de Anne Caroline e pela lesão a Claudia. Eles foram denunciados por homicídio qualificado, fraude processual, tentativa de homicídio e lesão corporal grave por negligência.


A Justiça acatou as acusações de homicídio tentado e consumado. além de lesão corporal culposa, apenas em relação a Sá e ao policial Jansen Vinicius Pinheiro Ferreira, acusado de ter induzido o colega a atirar. Além disso, Sá, Ferreira e os outros dois colegas, Diogo Silva dos Santos e Wagner Leandro Rocha de Souza, são réus por fraude processual.

*Com informações OSG

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