Oruam passa a ser investigado por tentativa de homicídio contra delegado e policial
- Jornal Daki
- há 7 dias
- 3 min de leitura
Inquérito está em andamento na 16ª DP (Barra da Tijuca)

Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, o Oruam, passou a ser investigado por tentativa de homicídio contra um delegado e um policial durante um cumprimento de apreensão na casa dele no Joá, Zona Oeste do Rio, na segunda-feira (21). O inquérito está em andamento na 16ª DP (Barra da Tijuca). O rapper também já foi indiciado por tráfico de drogas, associação ao tráfico, dano ao patrimônio público, desacato, lesão corporal, ameaça e resistência qualificada.
Segundo o boletim de ocorrência, Oruam e alguns amigos que estavam na casa jogaram pedras no carro onde estavam o delegado Moyses Santana, titular da Delegacia de Repressao a Entorpecentes (DRE), e o policial Alexandre Ferraz. Eles foram ao local para apreender um adolescente investigado por tráfico de drogas. O artista está preso desde terça-feira (22), após se entregar à polícia. Ele foi classificado como preso de "alta periculosidade" ao dar entrada na Penitenciária Dr. Serrano Neves, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.
Em nota, a Polícia Civil explicou que agentes da DRE estavam monitorando o alvo em uma viatura descaracterizada. No entanto, ao sair da casa, junto com outras quatro pessoas, o adolescente foi abordado pelos policiais, ocasião na qual foi anunciada a apreensão dele, bem como dos bens que portava, um celular e um cordão.
Durante a abordagem, Oruam e mais oito pessoas surgiram na varanda, xingaram e atacaram os agentes com pedras, vindo a ferir um dos policiais. Em seguida, eles desceram e continuaram proferindo insultos e ameaças contra a equipe.
Na sequência, um dos homens que participou do ataque aos policiais correu para dentro da casa, o que teria obrigado a equipe a entrar para prendê-lo. Ele foi autuado em flagrante por desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano e associação para o tráfico.
Oruam e os demais fugiram do local, posteriormente realizando novos ataques aos policiais por meio de redes sociais.
Em nota, o filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, admitiu que atirou pedras contra os agentes, mas alegou que o fez após ser ameaçado com armas. "Só joguei pedras depois de ser ameaçado com armas de fogo, e tenho provas", iniciou.
Segundo o rapper, mais de 20 viaturas entraram na casa "de forma abrupta e agressiva", com policiais descaracterizados, que revistaram o local, rasgaram pertences seus e de sua noiva, Fernanda Valença, e apontaram fuzis contra os dois.
Procurada, a assessoria do artista reforçou que ele se entregou às autoridades policiais e não tem ligação com qualquer organização criminosa.
"Desde o início, a ação policial têm sido marcada por violação dos procedimentos estabelecidos por lei, como a ausência de mandado judicial válido, uso de veículos descaracterizados e operações realizadas fora do horário permitido, fatores que configuram, em tese, abuso de autoridade. Tal comportamento constitui uma afronta ao Estado Democrático de Direito, criando uma narrativa distorcida e ilegal, com o objetivo de criminalizar um artista que, na verdade, é um legítimo cidadão", pontuou.
Quanto a investigação por tentativa de homicídio, a equipe do cantor destacou que a acusação não condiz com os fatos e está refutada por provas documentais e audiovisuais.
"As manifestações de ameaças, abuso e agressão por parte das autoridades reforçam a necessidade de uma investigação imparcial e a observância rigorosa dos direitos humanos e das garantias constitucionais de Mauro e de todos os envolvidos. É imprescindível que a lei seja aplicada de forma equitativa, sem distinção por motivos pessoais, artísticos ou de classe social", ressaltou.
*Com informações O Dia
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