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Trump pune relatora da ONU que denuncia genocídio em Gaza

Albanese é uma das principais vozes dentro das Nações Unidas a afirmar que ocorre um genocídio contra a população palestina

A relatora especial da ONU para os territórios palestinos, Francesca Albanese. Foto: Reprodução
A relatora especial da ONU para os territórios palestinos, Francesca Albanese. Foto: Reprodução

O governo de Donald Trump anunciou, nesta quarta-feira (9), a imposição de sanções contra a relatora especial da ONU para os territórios palestinos, Francesca Albanese, após declarações e denúncias sobre crimes de guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza. Com informações do colunista Jamil Chade, do UOL.


Albanese é uma das principais vozes dentro das Nações Unidas a afirmar que ocorre um genocídio contra a população palestina.


“Hoje, estou impondo sanções à Relatora Especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Francesca Albanese, por seus esforços ilegítimos e vergonhosos para solicitar uma ação do Tribunal Penal Internacional contra autoridades, empresas e executivos dos EUA e de Israel”, declarou o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.


Ele acrescentou: “A campanha de guerra política e econômica de Albanese contra os Estados Unidos e Israel não será mais tolerada. Sempre apoiaremos nossos parceiros em seu direito de autodefesa.”


Rubio ainda enfatizou que os EUA continuarão reagindo com firmeza: “Os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas que julgarem necessárias para responder à guerra legal e proteger nossa soberania e a de nossos aliados.”


Na semana passada, a gestão Trump já havia exigido a demissão imediata de Francesca Albanese. Em uma carta enviada à direção das Nações Unidas, a Casa Branca acusou a relatora de “antissemitismo” e ameaçou com novas medidas caso ela permanecesse no cargo.

O governo americano já sancionou juízes e promotores do Tribunal Penal Internacional após ações contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.


Durante sessão recente no Conselho de Direitos Humanos da ONU, Albanese apresentou um relatório em que responsabiliza Israel por práticas que, segundo ela, caracterizam genocídio. A relatora também denunciou a participação de empresas que lucrariam com a ofensiva militar sobre Gaza e a Cisjordânia.


“Israel é responsável por um dos genocídios mais cruéis da história moderna”, disse. “Israel usou o genocídio como uma oportunidade para testar novas armas, vigilância personalizada, drones letais, sistemas de radar e outras tecnologias não tripuladas para exterminar um povo sem restrições.”


Em outro trecho de sua fala, Albanese criticou a atuação da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), criada por Israel e pelos EUA para distribuir alimentos no território palestino. Para ela, trata-se de “uma armadilha mortal projetada para matar de fome e forçar a fuga de uma população faminta, bombardeada e emaciada, marcada para ser eliminada.”


Israel boicotou a sessão e não enviou representantes. O governo israelense também negou as acusações e afirmou ter distribuído 50 milhões de refeições em cinco semanas. A ONU e diversas agências humanitárias, porém, contestam a efetividade e imparcialidade da ajuda oferecida.


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