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Vida longa ao SUS - por Dimas Gadelha


Foto: Reprodução TV Gazeta
Foto: Reprodução TV Gazeta

Na última terça-feira (17) celebramos o aniversário do maior e mais complexo serviço de saúde pública do mundo. Falo do Sistema Único de Saúde (SUS), criado no âmbito da Constituição Cidadã de 1988 e finalmente regulamentado em 19 de setembro de 1990.


O SUS foi criado com o conceito de promover saúde a todos, sem distinção de classe, renda, cor ou religião, regido pelos princípios da universalidade, da equidade e da integralidade. O tripé que rege o atendimento a mais de 190 milhões de brasileiros que têm acesso desde a uma dipirona até ao mais complexo exame ou cirurgia. Antes, apenas os segurados com relação formal de trabalho ou servidores públicos tinham acesso à cobertura médica e hospitalar.


O acúmulo de experiências nas áreas sanitária e médica brasileiras fez nascer um modelo humanizado de saúde baseado na descentralização e na atenção básica. Materializado no Programa Saúde da Família, nos postos de atendimento nos bairros que lideram campanhas de vacinação na comunidade e outras ações de conscientização em saúde na ponta. Serviços como Clínicas e Academias da Família também fazem parte do pacote de bem-estar da população.



Isso tudo é responsável direto pela melhoria geral na qualidade de vida dos brasileiros refletida no aumento da expectativa de vida que nessas três décadas saltou de 63 para 77 anos em média entre homens e mulheres. Ruim com SUS, muito pior sem ele.


Nos últimos seis anos já assistíamos com preocupação o desfinanciamento do sistema e o que vemos agora é muito pior: ameaça real de destruição do SUS pelo governo Bolsonaro ao quebrar seus princípios de universalidade, equidade e integralidade através do uso criminoso do Fundo Nacional de Saúde (FNS) em suas negociatas com aliados do centrão via orçamento secreto, irrigando suas bases eleitorais enquanto outros municípios ficam à míngua.


Um crime que deve ser denunciado e punido, senão nesse momento pela Justiça, mas nas urnas em outubro.


Já disse em outra oportunidade que minha formação como médico sanitarista se deve ao SUS. Devo tudo ao SUS. Na pandemia, a catástrofe só não foi maior graças ao SUS. O SUS é a prova de que o Brasil pode dar certo.


Vida longa!

 

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Dimas Gadelha é médico sanitarista.



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