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Flotilha para Gaza se aproxima de zona de alto risco e Israel inventa “ligação com Hamas”

A Global Sumud Flotilla, iniciativa internacional criada para desafiar o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária, está a cerca de 220 milhas náuticas do enclave palestino e prestes a entrar em uma área considerada de alto risco, segundo comunicado dos organizadores nesta terça-feira (30.set.2025).


Greta Thunberg acena de um dos navios da flotilha ruma a Gaza
Greta Thunberg acena de um dos navios da flotilha ruma a Gaza

“Hoje estamos prestes a entrar na zona de 150 milhas náuticas, a partir da qual Israel já é conhecido por sequestrar pessoas de embarcações”, afirmou em vídeo a ativista holandesa Roos Ykema.


O risco de interceptação é real: em julho, forças navais israelenses pararam o navio Handala, que havia se aproximado a 70 milhas de Gaza, desviando-o para o porto de Ashdod. Outro caso foi o da embarcação Madleen, detida a 110 milhas da costa.


Ykema pediu que governos estrangeiros pressionem Tel Aviv:“Peço passagem segura. Exijo que Israel levante o cerco, pare o bloqueio, interrompa o genocídio e permita a entrada de alimentos, porque o povo palestino está passando fome.”


Israel contra-ataca com acusações

Enquanto a flotilha se aproxima, o Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou novas acusações picaretas. “Documentos oficiais do Hamas encontrados na Faixa de Gaza — agora revelados pela primeira vez — provam o envolvimento direto do Hamas no financiamento e na execução da flotilha ‘Sumud’”, disse a chancelaria em nota.


Segundo o governo israelense, haveria “ligação direta” entre líderes da flotilha e o grupo classificado por Israel e por países ocidentais como organização terrorista. Os organizadores da flotilha negam e afirmam que sua missão é exclusivamente humanitária.


Estratégia de visibilidade global

Para tentar se proteger, os ativistas iniciaram transmissões ao vivo 24 horas por dia no YouTube, acreditando que a exposição internacional pode desencorajar ataques. “Ao nos aproximarmos da ‘zona laranja’ de alto risco, precisamos de olhos sobre a flotilha. O testemunho global é uma forma de proteção”, disseram em comunicado.


A Global Sumud Flotilla reúne cerca de 50 embarcações com mais de 500 ativistas de várias nacionalidades, transportando alimentos e, sobretudo, suprimentos médicos para a população de Gaza.


O esforço ocorre em um cenário de catástrofe humanitária: desde outubro de 2023, ataques israelenses já mataram mais de 66 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, e transformaram Gaza em um território praticamente inabitável, com fome generalizada e surtos de doenças.


Via DCM.


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