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Os debates como exercício de lacração - por Helcio Albano


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Os debates na TV aberta entre políticos no Brasil, sobretudo no primeiro turno, há muito deixaram de ter o peso que tiveram num passado recente. Com as redes sociais, faz-se campanha o tempo todo. E até quem não é do métier sabe de cor o que pensa aquele que de 2 em 2 anos só quer uma coisa: o seu voto.


Então, pra que servem os debates hoje em dia, já que não dá tempo de falar nada com profundidade? Pra lacrar. Se sai melhor no entrevero quem lacra pra cima do adversário. Para o delírio da militância que reproduz em looping em suas redes e grupos de WhatsApp a lacração do seu candidato. Faz parte.


Neste quesito, Freixo, Neves e o cara do Novo ontem na Band exerceram seus papeis. O Castro, que passa por sua primeira prova de fogo enquanto político, é muito, muito fraco. Que só deve esperar do eleitor comiseração. Aliás, registre-se que o governador só foi porque a coisa deve tá feia pra ele.


Como tudo pode acontecer no Rio, não acho improvável que tenhamos um 2º turno entre Freixo e Neves. Afinal, 40% do eleitorado está indefinido.



O escândalo dos cargos secretos do Ceperj só começa. E o que foi divulgado é apenas pequena amostra de um esquema com ramificações em todo estado do Rio de Janeiro.


A reeleição de Castro seria o golpe final contra o Rio. E algo me diz que essa consciência cresce no meio social a despeito da lógica venal e miliciana que rege as relações entre o governador, prefeitos e vereadores entregues ao encantador de serpentes: o dinheiro fácil.


Quando a farra é muita, o fanfarrão se lambuza e deixa sujeira pra todos os lados.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.


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