Professor é o 'arquiteto do futuro do aluno'

Por Rofa Rogério Araújo 

Reprodução

Ser professor é escrever histórias com palavras e atitudes. É ser ponte entre o presente e um futuro cheio de possibilidades. Ser professor é plantar sementes invisíveis com a certeza de que, um dia, florescerão em lugares que jamais poderíamos imaginar.

Ensinar é mais do que uma profissão, é um chamado. É doar-se, acreditar e persistir. É ter a coragem de recomeçar a cada novo aluno.

O Dia do Professor no Brasil é realizado em 15 de outubro e sua origem remonta ao Brasil Imperial, mais especificamente ao decreto de Dom Pedro I em 15 de outubro de 1827. Esse decretou o Ensino Elementar no país e determinou a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares. Então passou a ser comemorado como Dia do Professor a partir de 1947, quando um grupo de professores paulistas teve a ideia de transformar o decreto em um dia de homenagem e reflexão sobre a importância da educação. A data foi oficializada como feriado escolar pelo Decreto Federal nº 52.682, de 14 de outubro de 1963. 

A UNESCO instituiu o Dia Mundial dos Professores em 5 de outubro. Por isso, muitos países adotam o 5 de outubro como o Dia Mundial do Professor, enquanto outros comemoram em datas diferentes. 

Existe uma frase que diz “professor é o arquiteto o futuro do aluno”. É uma metáfora poderosa que compara o papel do professor com o de um arquiteto que projeta e constrói estruturas físicas, um professor projeta e constrói o futuro, moldando mentes e inspirando gerações através do conhecimento e da educação. 

A comparação entre professor e arquiteto ressalta a importância da função educativa. Os professores como arquitetos do futuro: ambos precisam planejar cuidadosamente suas ações. O arquiteto planeja a estrutura física, enquanto o professor planeja o processo de ensino-aprendizagem, adaptando-se às necessidades dos alunos. 

A arquitetura de um edifício afeta a vida das pessoas que o utilizam, assim como a educação de um indivíduo que afeta seu futuro e o futuro da sociedade. Ambos precisam ter uma visão clara do resultado e usar sua criatividade para alcançar seus objetivos e carregam uma grande responsabilidade, pois suas criações afetam a vida de outras pessoas. 

Um “professor como arquiteto” destaca a importância e a complexidade do trabalho do professor, que vai além da transmissão de conteúdos, envolvendo a construção de um futuro melhor para seus alunos e para a sociedade. 

O escritor e psiquiatra Augusto Cury, autor do livro “Pais brilhantes, professores fascinantes”, disse: “Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. E não é verdade? A educação exige muita paciência porque ensinar não pode algo apressado e não se detendo pelo passar o conhecimento sem saber se o aluno entendeu ou assimilou. É preciso deixar marcas profundas para que nunca mais esqueça de seus tempos de escola.

O segundo imperador do Brasil, Dom Pedro II, declarou algo bem interessante a respeito dos professores: “Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro”. É de arrepiar uma declaração dessas de alguém tão importante para a História de nosso país. 

O conferencista Leandro Karnal acentuou essa fundamental função: “Cabe ao professor, especialmente ao educador, tirar os obstáculos entre a pessoa é o conhecimento, e que ela sinta, no professor e educador, como o conhecimento transformou aquela pessoa”. Transformação é a palavra de ordem. Educar é transformar uma realidade nas vidas dos alunos para que, depois, estes mudem a sociedade.

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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.