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Vereador Pablo da Água é expulso do PT de São Gonçalo

Parlamentar foi expulso da legenda por desrespeitar o Programa do Partido dos Trabalhadores


Por Cláudio Figueiras

Pablo da Água na Câmara/Foto: Reprodução Facebook
Pablo da Água na Câmara/Foto: Reprodução Facebook

“Demorou”. “Já vai tarde”. “Menos um fisiológico no PT”. Essas foram algumas das manifestações registradas nas redes sociais na noite de ontem à notícia dada, em primeira mão, pelo jornalista Helcio Albano sobre a expulsão do vereador Pablo da Água do Partido dos Trabalhadores (PT).



No início da tarde deste domingo (27), o Diretório do PT de São Gonçalo se reuniu e decidiu expulsar Pablo da Água dos seus quadros por desrespeito ao programa e ao estatuto partidários, depois de três meses de iniciado processo disciplinar pela Executiva Estadual contra o parlamentar.


A decisão unânime dos membros presentes à reunião será comunicada à instância estadual ainda nesta segunda (28) pelo presidente municipal do partido, Antonio Maia.


O parlamentar foi informado, mas não compareceu à reunião que selou seu destino na sede do partido, no bairro Zé Garoto.


Pablo da Água, 41, foi expulso da legenda por desrespeitar o Programa do Partido dos Trabalhadores e por fazer parte, na prática, da base do prefeito Nelson Ruas (PL) na Câmara, contrariando as orientações do partido à sua bancada, de se colocar em oposição ao governo. O PT tem outro assento no Parlamento, da vereadora Priscilla Canedo.


Em diversas ocasiões o parlamentar acompanhou a base do prefeito em prejuízo aos servidores do município, como na reforma da previdência e na votação no final do ano passado que aprovou o novo Plano de Carreira dos professores, retirando uma série de direitos da categoria.


Esse episódio foi a “gota d’água” para a Executiva Estadual do PT, que abriu processo ético-disciplinar contra o parlamentar, além de suspender seus direitos partidários, culminando ontem em sua expulsão, fato inédito na história do partido e do Parlamento da cidade.


Agora, o vereador, que tem base eleitoral no Jardim Catarina, eleito com 1.696 votos e que aprovou homenagem na Câmara ao arquirrival do PT, Jair Bolsonaro (PL), está oficialmente sem partido.


Dirigentes do PT de São Gonçalo afirmam que a expulsão tem dois desdobramentos, o político e o jurídico.


Em relação ao segundo, o partido irá tentar garantir na Justiça o mandato. A lei eleitoral prevê a perda do mandato por infidelidade partidária, o que, segundo garantem, está configurado no caso de Pablo da Água.


O primeiro suplente do partido na Câmara de Vereadores é Ricardo Castor.

 

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