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Banda Flores de Plástico faz tributo a Luz del Fuego

Dora Vivacqua foi vítima de feminicídio no ano de 1967


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Dora Vivacqua, mais conhecida pelo nome artístico de Luz del Fuego (1917-1967), nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, no dia 21 de fevereiro de 1917. Foi a décima quinta filha de Antônio Vivacqua e Etelvina. No início dos anos 20, a família Vivacqua mudou-se para Belo Horizonte, capital do estado mineiro, mas só após "Luz del Fuego" conhecer o serpentário do Instituto Ezequiel Dias, fez do tal criadouro de ofídios o seu passeio preferido.

 

Em 1950, começou a colocar em prática as ideias naturalistas de vegetarianismo e nudismo apresentadas em "Trágico Black-Out", um romance noir escrito por ela. Naturalista e naturista, veja só! Afirmaria a visionária "um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisem esconder".


Luz começou a tornar públicas suas ideias em um país onde ainda não se usava maiô de duas peças nas praias e o culto ao corpo se resumia aos concursos de Miss Brasil. Mulher à frente do seu tempo, a capixaba reunia um pequeno grupo de amigas na praia de Joatinga, próximo a sua casa na Avenida Niemeyer. Era uma praia deserta, devido ao difícil acesso, sempre acompanhada de Domingos Risseto, Miss Gilda e Miss Lana (dupla de transformistas amigos de Luz), alguns cães e Cornélio e Castorina, estes dois amigos da artista.


Certa vez, a polícia foi até lá (na referida residência), encontrou a turma sem roupa e levou todos para a delegacia. Luz não se abateu, gostou do vuco-vuco da imprensa, quando percebeu então que o nudismo lhe asseguraria a evidência, a publicidade que tanto iria deixá-la famosa. Publicou também o livro "A Verdade Nua". Nele lançava as bases de sua filosofia naturalista.


Saiu nos jornais da época, pioneira no assunto, Luz del Fuego acabou inaugurando o nudismo em meio à natureza caiçara. Escândalo total. Adquiriu uma ilha na Guanabara, uns dizem que a dançarina comprou com o lucro dos seus livros proibidos, outros asseguram ter ela recebido o espaço insular de certo militar poderoso.


A Ilha do Sol de fato atraiu gente até de Hollywood, suprassumo dos noticiários: “entre os seus visitantes o ator Steve McQueen (1930-1980) despia-se com gosto nas terras fluminenses”.


Mas acabou, mataram-na em 1967, crueldade. Encontraram o corpo em uma das praias gonçalenses. Sim, assassinaram Luz del Fuego. Triste fim da escritora e atriz destacada.


Ainda hoje, há indícios da antiga construção do seu movimentado cabaré. Os sons alegres das comemorações e das jogatinas não se ouvem mais. Destruíram quase tudo dos tempos áureos de antigamente. Agora, visitantes curiosos atravessam as águas da Baía de Guanabara só para conhecer o lugar. Há quem queira visitar e tirar fotos dos escombros do que foi o teatro de outrora.


*Texto Erick Bernades, publicado no Jornal Daki em 19/04/2020.



A banda Flores de Plástico


A Banda Flores de Plástico, é uma banda brasileira de Folk Rock Rock Alternativo que funde a energia bucólica da música Folk Norte Americana e Europeia com o Rock introspectivo dos anos 80 e 90. Têm em suas músicas reflexões poéticas sobre o cotidiano, existencialismo e comportamento social. Mostra característica marcante com elementos acústicos como violões, violas, bandolins, gaitas, entre outros.


O seu mais novo single ” Luz do fogo” estará em todas as plataformas digitais dia 22 de dezembro de 2023 e traz a identidade visual na capa do single o desenho da artista plástica e visual, Val Mello, que imprime a identidade sempre viva, irreverente e mais que tudo, liberta, da homenageada Luz Del Fuego.


Hoje a formação da banda conta com a vocalista Luli Nepomuceno, os músicos Gustavo Guedes, Murillo Peres e Lucas Coube.





Contatos:


+55 21 98422-0547


@floresdeplasticooficial



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