Dia das Mães: data afetiva ou comercial?
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Dia das Mães: data afetiva ou comercial?

Por Rofa Araújo 

Foto: Pixabay
Foto: Pixabay

Será que o Dia das Mães, comemorado aqui no Brasil no segundo domingo de maio, pode ser considerada uma data afetiva ou simplesmente comercial?


A origem do Dia das Mães aconteceu nos Estados Unidos, no ano de 1858, quando Ann Reeves Jarvis criou os Mothers Days Works Clubs, quando sua mãe morreu, iniciando uma campanha pelo “Dia das Mães”. Em 1914, o Congresso americano oficializou o segundo domingo de maio. 


No Brasil, a primeira comemoração foi em 1918, em Porto Alegre, e a oficialização da data ocorreu em 1932. A Associação Cristã de Moços de Porto Alegre (RS) foi a responsável pela primeira comemoração da data, em 12 de maio de 1918. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, incluiu os dados no calendário oficial da Igreja Católica no Brasil. Essa data varia de acordo com o país. 



Mas como toda essa origem sendo em homenagem a uma mãe, hoje em dia ela assim permanece ou virou mais uma “data comercial”? É considerada a segunda melhor data comemorativa para o comercial, perdendo somente para o Natal. E os filhos, será que lembram das mães única e exclusivamente pelo dia oficial comemorado, dando uma lembrancinha ou até um bom presente por imposição ou por prazer em homenagear sua mãe?


Carlos Drummond de Andrade em versos indagou a respeito: “Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba, veludo escondido na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.


É uma dádiva divina poder ter a mamãe presente nessa data, ano após ano. E uma ausência jamais preenchida para quem não a tem mais em sua vida.


O poeta Mário Quintana eternizou em versos: “Mãe! São três letras apenas as desse nome bendito: três letrinhas, nada mais... E nelas cabe o Infinito. E palavra tão pequena – confessam mesmo os ateus –É do tamanho do Céu! E apenas menor que Deus...”. Lindo e extremamente verdadeiro!


Existe um sinônimo para o AMOR que possui apenas três letras, mas é pequeno, mas com abrangente no coração: MÃE.


A Bíblia não poderia deixar de dedicar algumas passagens às mães, como em Provérbios 31.18,29: “Seus filhos se levantam e a elogiam, seu marido também a elogia, dizendo: 'Muitas mulheres são exemplares, mas você a todas supera’.”. E não é um grande verdade para dita e repetida?


Em Salmos 127.3, diz: “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá”. Uma responsabilidade dada aos pais, mas uma dádiva e recompensa inigualável para quem chega a esse nível, passa por essa estimada experiência e cumpre sua missão até o final da vida, deixando um legado até depois quando se for deste mundo.


Poetas, cantores, escritores dos mais diversos já falaram sobre as mães de maneira bem intensa, emocionante, seja para àquelas que estão presentes na vida dos filhos ou mesmo se encontram ausentes. Não importa porque o amor materno é eterno.


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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.  


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