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Dinamite, uma explosão de emoções! - por Pastor Alair Lima


Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite, nasceu no ano de 1954 e faleceu na manhã do domingo dia 08 de janeiro de 2023. Dinamite como era mais conhecido, faleceu em decorrência de complicações de um câncer de intestino. Deixando muita saudade para a imensa torcida vascaína e para todo admirador do bom futebol. Dinamite parte deixando páginas de uma linda história no futebol brasileiro.


Dinamite tem números extraordinários, maior goleador dos Campeonatos Brasileiro e Carioca, maior goleador em São Januário e também no Maracanã, o maior goleador dos clássicos cariocas. Tem a expressiva marca de ter feito quase 800 gols, especificamente 784. Pouquíssimos chegaram a estas marcas.


Goleador nato, especialista em balançar as redes dos adversários, Dinamite verdadeiramente, uma explosão de emoções, explodiu de emoções o coração vascaíno e também do coração do torcedor brasileiro com a camisa amarelinha em suas duas copas do mundo que participou. Por causa da história que construiu em único clube, Dinamite se destaca de todos os outros atletas.


Poucos conseguiram esta identificação como Dinamite. Além de sua carreira como atleta, Roberto Dinamite tornou-se presidente do seu Clube do coração. Dos 68 anos de vida, 29 Dinamite dedicou ao seu clube. Além disso, ele teve a proeza de ser homenageado ainda em vida, através da estátua que foi colocada no estádio de São Januário. Nenhum jogador no mundo construiu uma história de identificação com um clube como a do Dinamite.


Dinamite foi jogador do clube, nas décadas de 70, 80 e 90 e encerrou sua carreira no mesmo clube. Jogou também no Barcelona e no Brasil ainda jogou na Portuguesa e no Campo Grande. A grandeza da carreira de Dinamite ficou demonstrada pelo espaço que o Fantástico deu em seu programa semanal, dedicando um bloco completo (cerca de 18 minutos) para falar da brilhante carreira do Dinamite.


Depois da notícia de sua morte, vários jogadores se pronunciaram, o craque Geovane que jogou no clube da década de 80 e foi apelidado pela torcida do Vasco de pequeno Príncipe, em entrevista, disse que Dinamite era uma extraordinária figura humana e que fora do campo jogava bolão superior ao que jogava nos gramados.



O meio campista Bismark que após Dinamite pendurar as chuteiras entregou a camisa 10 e a braçadeira de capitão, sequer conseguiu terminar a entrevista que foi interrompida com lágrimas.


Para aqueles que conviveram de perto com o Dinamite, todos destacam a figura humana e o caráter elevado que foi Roberto, homem do sorriso aberto. Alguns arriscam a dizer que Dinamite era um inocentão, talvez a melhor justificativa para sua triste passagem na presidência do clube, onde teve sua administração contestada.


Dinamite não merecia passar pelo sofrimento da terrível política do clube, ficar na mira da potente metralhadora do dirigente mais polêmico da história do Clube e ser abandonado pelos covardes e omissos conselheiros do clube que no final abandonaram o Dinamite.


Mas nem isso, foi possível manchar a linda história de identificação do craque com o clube, prova disso é a marca deixada onde o último título de expressão nacional que o clube conseguiu foi na administração dele como presidente, campeão da Copa do Brasil em 2011.


A imensa torcida do Vasco se despediu, não do Dinamite, pois as emoções que o ele proporcionou ficarão para toda história do futebol e estão aí na rede, mas com muita saudade se despediu do Carlos Roberto, o maior ídolo de sua história e mesmo com o coração machucado e partido, ela não deixará de cantar “pois o sentimento não pode parar”. Cantará então assim pelas fortes emoções que proporcionou no futebol!


Obrigado nosso Dinamite de Emoções!

 

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Alair Lima é Pastor Presidente da Primeira Igreja Batista de Jardim Alcântara desde janeiro de 2011.



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